A psicóloga do meu clube - Joaquín Piquerez

Capítulo 19

                                       HELENA

O destino com certeza estava pregando uma peça hoje, já era difícil ter que manter distância do uruguaio pro próprio bem dele e agora ele está aqui, bem na minha frente, sentado no sofá e encarando a TV como se realmente estivesse prestando atenção no que os amigos jogavam.

Conhecendo um pouco de Joaquín eu saberia quando ele estava desconfortável e agora era um desses momentos, ele balançava a perna o tempo todo como se estivesse nervoso com algo, esse algo possivelmente seria eu.

— Vou ao banheiro.

Saio da sala o mais rápido possível para não dar explicações aos demais, Brendha até me olhou com uma cara feia, mas não dava pra ficar ali e me sentir bem. Todas as vezes que meu olhar se cruzava com o dele, eu sentia em seus olhos uma tristeza misturada com ódio.

A culpa era minha, foi tudo culpa minha, mas era pro bem dele. Entrei no banheiro e logo lavei o rosto pra tentar acalmar os ânimos, assim que iria sair a porta foi aberta rapidamente, era o jogador uruguaio que agora trancava a porta e colocava a chave em seu bolso.

— Quem te deu o direito de entrar aqui? — pergunto, enquanto ele se aproxima devagar e meu corpo acaba se chocando com a parede que estava atrás de mim.

— Eu quero conversar com você.

— Mas eu não quero conversar com você. — Respondo fazendo birra e ele solta o ar que estava preso.

— Fala sério, apesar de você ter me dado um pé na bunda eu ainda me importo com você.

Era isso o que ele pensava, que eu teria dado um pé na bunda dele. Na real eu não tirava a razão dele em pensar assim, terminei o namoro sem dar nenhuma explicação sequer.

— Fala logo o que você quer, Joaquín. — Cruzei os braços rente aos seios e ele acabou descendo seu olhar até lá, eu usava uma blusa decotada que dava uma ampla visão dos meus peitos. — Ei, meus olhos estão aqui em cima, Piquerez.

— Desculpe, é que eles parecem maior desde a última vez que te vi.

Era um safado, agora ela tinha um sorriso bem sapeca no rosto e se aproximava lentamente de mim roçando a barba no meu pescoço e passeando as suas mãos sobre meu corpo.

— É  melhor você parar...

Saiu quase como um sussurro o que foi suficiente pro jogador ouvir e me responder.

— Porque, Helena? Porque me deixou, cariño?

Tentar resistir ele já era difícil e agora o bendito me chama pelo apelido que me faz ter vontade de jogar tudo pro alto e beijar ele loucamente.

— Não consigo não pensar em tu, quando durmo, acordo, quando tô no treino principalmente, só de saber que você está no mesmo local que eu, fico louco.

O jogador sussurra as palavras no meu ouvido e morde o lóbulo da minha orelha como em todos os nossos momentos íntimos. Sinto um arrepio tomar meu corpo e a vontade incessante de beijá-lo se tornava ainda maior.

— Joaquín...

Foi a última coisa que falei antes dele grudar nossos lábios, um beijo que significava saudade, por mais que fosse difícil evitar ele, isso se tornava impossível com suas mãos pairando no meu corpo.

Rapidamente o jogador apertou minha bunda com força impulsionando para que eu elevasse minhas pernas ao seu tronco, continuamos em um só beijo até ele me colocar sobre a enorme pia que tinha naquele banheiro luxuoso.