A psicóloga do meu clube - Joaquín Piquerez

Capítulo 13

                                        HELENA

Fiquei observando a figura loira por um tempo, bem ali na minha frente. Nos encaramos por longos segundos em silêncio até que a mulher resolveu abrir a boca e falar algo.

— O Joaquín está?

O que ela queria com ele? Será que ele ainda mantinha algum contato com ela? Não, isso não pode ser possível, ele acabou de me pedir em namoro na noite passada. Ou seria possível? Minha cabeça virou um pacote de confusões agora.

— O que você deseja falar com ele?

Fui firme na pergunta mesmo, ele me deu o posto de namorada então tenho que fazer isso. Minha intenção é arrancar dela qualquer informação que seja.

— Desculpe, mas é um assunto que pertence somente a mim e ele.

Que? Arqueei as sobrancelhas em confusão. Que assunto é esse tão importante que a garota brota em plena sete horas da manhã em um sábado na casa de um ex peguete dela?

— Olha, moça, não sei o que é tão importante pra você ter vindo aqui nesse horário, mas pode falar, sou a namorada dele. Passo o recado pra ele depois.

Termino de falar com um sorriso fechado nos lábios, a loira muda completamente sua expressão e agora tinha uma carranca com um ódio extremo em sua face.

Permanecemos em silêncio alguns segundos até o jogador sair do quarto e fazer uma pergunta para mim.

— mi amor, porque saiu do quar..

O jogador cessa as palavras quando percebe que do outro lado da porta estava a famosa Liz, a Maria Chuteira que ele tanto falou e que não tinha nada sério com ela. Por Deus, Joaquín, espero muito que você não mentia em suas palavras.

Observo a loira abrir um sorriso quando vê o meu namorado e passar pela porta em direção a sala sem ao menos eu mandar ela entrar, que garota folgada meus amigos.

— Joaquín, amor, preciso muito falar com você.

É o que? Amor? A não, eu só posso estar tendo um pesadelo. Não é possível isso!

— Liz, por favor, não me chame de amor eu tenho namorada.

Até que enfim esse cretino abriu a boca pra falar algo que preste. Abri um sorriso fechado pra loira que olhava pra mim com desdém, toda preenchida coitada e ainda se achava a mais bela.

A garota pegou algumas folhas que estavam em sua bolsa e entregou pro jogador, o que era aquilo?

— Eu tô grávida, Joaquín, você é o pai.

É o que? Assim? Do nada? Só pode ser brincadeira.

— Pai, Liz? Não me lembro de ter transado com você sem camisinha, além do mais você sempre falava que tinha DIU.

Era o golpe da barriga, certeza. Apenas fiquei olhando o diálogo dos dois de longe, não iria interferir, vai que ele é pai dessa criança mesmo.

— Joaco, essas coisas acontecem, o meu ginecologista disse que o DIU saiu do lugar, por isso a gravidez.

Percebi ela se aproximando aos poucos do meu namorado como se quisesse abraçar ele.

— Por favor, Liz. — Ele sorria de nervoso agora. — Eu não sou o pai dessa criança, já te falei que sempre me cuidei, sem falar que isso aconteceu apenas três vezes e nas três eu usei camisinha, agora sai da minha casa, por favor, que não quero ouvir mais uma de suas mentiras.