°○Mais um○°

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Não são nem seis da manhã. No sofá, bebericando uma xícara de café, Jimin responde alguns e-mails importantes (chatos, em sua humilde opinião).

Passos felpudos de meias descem a escadas. Jimin vira-se, encontrando o marido, andando lentamente, em uma espécie de transe.

— Oh, bom dia, meu amor! — Não ganha uma resposta. — Coelhinho? — Põe o tablet na mesinha, acompanhando o caminhar de Jungkook até si. Sem dizer nada, ele acomoda-se no colo do esposo, circundando os braços por suas costas e deitando em seu ombro. — Meu neném queria colo? — Sente fungadinhas contra a carne de seu pescoço. — Está com fome? Você não comeu nada ontem à noite! — Nenhuma resposta. — Não quer conversar? — Nada. — Tudo bem. Fale quando estiver pronto!

Nota o lóbulo de sua orelha humana ser sugado devagar. Estranha o ato, ainda mais por ele estar vindo de Jungkook.

— Amor? — Os lábios do moreno partem para a bochecha fofucha, sugando-a como uma chupeta. — Jun, o que está fazendo? — Gela dos pés a cabeça quando é "respondido" com um ronronar. — Vida, o que você tem? — Segura as laterais do rosto dele e o puxa para si. Seu coração quase para, vendo as pupilas de Jungkook dilatadas, ocultando o branco dos olhos. — Você me entende, amor?

Jungkook solta um miadinho, esfregando o rosto na clavícula do marido, emanando um calor anormal.

— Isso não é bom. Nada bom! — Depressa, busca o contato de Jin no tablet.

[...]

— Cheguei o mais rápido que pude! — Seokjin adentra o quarto do casal.

— Obrigado por ter vindo. Como Namjoon e a neném estão?

— Ah, estão ótimos. Bom, o que aconteceu? — Deixa a maleta médica sobre a cômoda, aproximando-se do corpo molenga de Jungkook, deitado de bruços na cama.

— É meio delicado... — Coça a nuca.

— Preciso saber o que houve, Jimin!

— Certo. — Suspira. — Ontem, ele pediu para ficar por baixo. Mas parece que isso o deu um gatilho muito forte. Ficou muito vermelho, sangrou um pouco e ele não quis comer de jeito nenhum! — Jin cutuca o queixo, pensativo.

— E agora cedo? O que ocorreu?

— Ele chegou na sala de um jeito esquisito, quase como um zumbi. Ficou no meu colo, não quis conversar... do nada, começou a sugar minha orelha, minha bochecha, ronronou, miou, as pupilas dilataram e agora, está com febre!

— Preciso examiná-lo. Até sei o que é, mas quero ter certeza! — Põe luvas esterilizadas. — Pode abaixar a calça dele, por favor? — Jimin não o questiona, apenas faz. Jungkook tremelica, se refugiado nos braços do baixinho. — Calma, rapaz. Não precisa ter medo! — O moreno rosna para o médico. — Eita, que gatinho arisco! — Ri, instruindo Jimin a deitá-lo novamente. — Segure-o! — O menor senta-se no colchão, pondo Jungkook no meio das pernas e o fazendo abraçar sua cintura.

Com extremo cuidado, Jin analisa o vermelhidão intenso por entre as bandas de Jungkook, que se entretém chupando o pequeno polegar de Jimin.

— Faz quantas horas? — O médico indaga, em tom sério.

— Umas dez, eu acho!

— Com licença, querido! — Gentilmente, toca a entrada comprimida e machucada. Jungkook chia, não gostando do toque tão íntimo, mesmo não entendendo muita coisa. — É, estava meio óbvio!

Domando a Ferinha (2ª Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora