Natalie Parker, uma adolescente dando início a sua carreira brilhante, acaba sendo chamada de forma inusitada pela a vogue como ajudante para uma campanha, até então com modelos anônimos, porém a jovem não esperava que a estreia de seu sonho fosse t...
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Meus olhos inquietos estavam fixos na janela. Minhas pernas batiam freneticamente, tentando deixar ao máximo um pouco daquela emoção ansiosa e sufocante para trás.
Eu ainda estava com Bill. Especificamente sentada sobre o banco de seu carro, seguindo uma direção certamente anormal. Ou seja, longe o suficiente de Tom e minha calcinha.
Simplesmente minha cabeça ficou tão cheia que eu acabei não percebendo a falta dela. Na verdade eu não conseguia tirar aquilo da minha mente, tirar os sentimentos que eu senti com os dedos de Tom em minha intimidade. Calor, desejo, gula, loucura, euforia, aquela adrenalina.
Era exatamente isso que eu sentia, e estranhamente ainda sinto.
Por mais que eu tente reprimir tanto a cada instante, aquelas sensações corriam sobre minha pele ainda, enquanto minha mente incansavelmente parecia ser espancada pelas vontades impulsivas de meu inexperiente corpo.
Meus olhos foram fechados, pressionados firmemente. A última coisa que eu poderia estar pensando nesse exato momento é sobre Tom, o antipático irmão de Bill.
Minha atenção foi direcionada para o volante que Bill controlava. Suas veias eram bem destacadas, combinavam perfeitamente com o grande tamanho de suas mãos. Os aneis em seus dedos o deixava estranhamente atraente, sempre traziam um destaque a mais em seu rosto, por mais que sejam coisas tão distantes umas das outras.
— Quantos anos tem, Natalie? — Bill me perguntou de forma repentina, sem tirar os olhos do trânsito.
Um arrepio passou-se sobre minha espinha, pensando no que eu deveria falar. Eu claramente mentia muito sobre minha idade, principalmente em relação ao trabalho que fui contratada.
— Dezenove, dezenove anos. Porque a pergunta? — Respondi, jogando a pergunta em seguida para descontrair qualquer demonstração de nervosismo de minha parte.
— Nada de tão importante. — Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Bill, voltando a entrar em ruas que eu conhecia.
Um silêncio estendeu-se sobre o carro, ecoando apenas o barulho de vibração do meu celular. Eu o peguei, observando em minha caixa de mensagem minha mãe "relembrar" o horário que eu deveria voltar para casa.
