Trabalho em grupo

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Sábado de manhã Mikasa passou na minha casa, junto de Armin. Ela veio nos buscar para levar até onde Reiner morava, e aproveitou para conhecer meus pais, que a adoraram. Fiquei feliz com aquilo, pois seria menos difícil sair por aí com ela, já que meus pais eram superprotetores.

Entrei no carro, no banco de trás, e a asiática falou , assim que saímos:

- Tá bonita hein, Cecília? Alguma ocasião em especial pra você estar tão arrumada?

Armin riu com a mão na boca, e Mikasa se divertia ao me ver falhar miseravelmente em tentar esconder minha vergonha.

- Eu não me arrumei, estou vestida normalmente! E além disso, eu tenho que estar minimamente bem vestida, até porque onde vocês moram é um ambiente onde todo mundo anda chique. Não quero parecer feia!

Eu estava simples, até: Vesti um vestido um pouco acima do joelho, lilás, de alcinhas e decote coração, com uma sandália de dedos com strass nas laterais e em cima das correias que se transpassavam até meu tornozelo. Essa era geralmente uma roupa que eu usaria pra sair, mas eu não tinha tantas roupas disponíveis assim. Minhas roupas casuais já estavam bem velhas, e as mais novas que eu tinha ou era as que usava na faculdade ou as de passeios e afins.

Mas, claro, não queria aparecer desajeitada na frente do Reiner.

Tinha pensado pelos dias seguintes do que a mikasa me falou, sobre ele. Não saía da minha cabeça ela dizer que ele suspirava olhando pra mim. O que eu tinha de mais? "Nada!", é a única resposta que vêm a minha cabeça. Muito pelo contrário, não tenho nada de mais, mas tenho muito de menos. Menos tudo o que ele tem. Não teria nada a oferecer a ele, Nada, e não adiantava ficar fantasiando com uma realidade onde ele tivesse um interesse real em mim, nós não partilhávamos da mesma realidade.

- Tá, vou acreditar. - Mikasa falou. - Tá vendo essa sacola aí do lado? Pega, é sua.

Olhei para meu lado esquerdo, e realmente, lá estava uma sacola de papel madeira bem bonita, com uma logo de uma loja de eletrônicos. Nem tinha notado que ela estava ali quando entrei no carro.

- É minha? - perguntei, já abrindo a sacola. Assim que vi o que havia dentro, me espantei.

Era uma caixa relativamente grande, e era um celular, novinho em folha. Um Iphone 15 pro max.

- Gostou? - A asiática perguntou, olhando pelo retrovisor.

- Mikasa... Eu não posso aceitar isso!

- Você pode, e você vai. Você precisa de um celular novo, seu celular atual está com um pé e meio da cova! Por favor, é um presente meu.

- Mas é caro demais! Se quisesse me presentear, por que não comprou um mais barato???

- Se eu posso te dar o melhor, por que não?! E olha, eu dei um pro Armin, também.

Olhei para frente e lá estava Armin, balançando um celular igual ao meu.

- Mikasa, meus pais não vão me deixar aceitar. Por favor, isso é demais!

- Eles vão, não se preocupe. Por favor, Cecília. Se não aceitar eu vou ficar realmente muito chateada, e não precisa fingir que não gostou, porque eu sei que sim.

- Claro que gostei, só achei exagerado! Mas obrigada, de verdade, não vou dizer que não precisava de um novo e sinceramente eu nem sei quando compraria um...

Abri a caixa, e era perfeito. Não tinha uma só marca, estava virgem de fábrica, e sua carcaça era rosa. A de Armin era azul. Combinava com os olhos dele. Eu não era muito fã de rosa, mas isso era o de menos. Não ia reclamar de um presente tão bom só por uma bobagem como a cor dele.

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