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S/n praguejou mentalmente, pensava em que outras coisas podia ter feito, que outros caminhos podia ter pegado pra não para nessa situação.

Manteu seus olhos na garota e as mãos na cintura, as que a seguraram para que ela não caísse. Apesar de tudo, sentia muita saudades dela, e foi o mais próximo que esteve dela desde o último ano.

Bruna por outro lado, não conseguia pensar, era como se fosse um daqueles sonhos que você não tem controle para ela.

Filipe, que vinha atrás de S/n no corredor, deu meia volta, deixando os dois no seu momento.

Nenhuma palavra foi dita por pelo menos dois minutos, nenhum dos dois sabia o que falar, e assim que reparou, soltou a mão que estava na cintura dela.

—Desculpe. - Murmurou baixo, assim que tirou as mãos. Bruna não disse nada, apenas acenou com a cabeça. —Eu vou indo, te vejo por aí?

Bruna desanimou, seu sorriso caiu pela despedida rápida, eles tinham tudo e um tempo depois era apenas um "te vejo por aí?"

—É, te vejo por aí. - Ela disse a ele, antes de seguir seu caminho original.

S/n não podia fazer muito, queria para-lá e dizer o quanto sentia sua falta, abraçá-la, tê-la por perto por mais tempo, mas podia.

Quando chegou no camarote de seus amigos, foi recebido com aplausos e comemorações.

—Parabéns pelo jogo, GAB. - Sentiu uma mão no seu ombro, e forçou um sorriso pra pessoa que não conhecia.

Sua cabeça estava em qualquer lugar, menos ali, mas fingia bem, fingia animação, como se não tivesse tido uma conversa vazia com uma pessoa que já foi tudo para ele.

—S/n, esse é Xolo, ele é gringo. - Luisa apresentou o de americano ao de cabelos cacheados.

—Prazer, sou Xolo, você joga bem. - Disse numa mistura de português e espanhol.

—S/n, e obrigado. - S/n nem olhou nos olhos do garoto ao falar, apertando a mão do garoto e indo sentar ao lado de Filipe.

—Ei. - Cumprimentou Ret, pegando o pequeno cigarro de sua mão e tragando-o.

—Eu vi tuas mãos lá no corredor. - Fez um gesto com as mãos fazendo GAB rir.

—É, mas foi só pra segurar ela, e fora isso foi duas palavra, irmão. -  Não conseguia disfarçar sua decepção, sua voz deixava aquilo claro.

—Vocês precisam conversar, 'parça. - Ret pegou o cigarro que o garoto passava para ele.

Pouco tempo depois, Bruna voltou até o camarote.

O olhar de S/n foi até ela, estudando-a completamente, sem ao menos disfarçar. E quando a garoto olhou de volta, todos ali podiam sentir a tensão no ar.

Xolo fez o que GAB não fez, foi em encontro a garota, passando sua mão pelo ombro dela.

S/n olhava aquilo fixamente, olhava para o garoto, para a mão dele, para a garota. Achava tudo aquilo uma palhaçada.

Puxou o celular, e por um tempo, aquilo tirou seu foco do garoto que fazia questão de ter o máximo de contato físico com Bruna, ele revira os olhos toda vez que Xolo falava, e não importava o que fosse.

Escrevia qualquer coisa que vinhesse na cabeça no seu bloco de notas, um dia transformaria seus pensamentos em algum outro álbum de sucesso.

Te procurei em outros corpos, aprendi, pares são pares.

Com sua visão periférica, pode ver Bruna puxando o celular e um tempo depois, entendeu o porquê daquilo.

Com sua visão periférica, pode ver Bruna puxando o celular e um tempo depois, entendeu o porquê daquilo

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𝗔𝗠𝗙; bruna marquezine Onde histórias criam vida. Descubra agora