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POV Maiara

" Quem somos nós realmente? Todos temos nossa vida pública, nossa vida privada e nossa vida secreta que é a que te define..."

4 semanas depois...

- maiara... - ouvi a voz da Marília no meu ouvido acabei sorrindo ao sentir ela beijar minha bochecha - Acorda você precisa voltar pro quarto - ela disse, fiz uma careta.

- Não quero - falei pra ela ainda de olhos fechados.

- Daqui a pouco tem treinamento importante e você precisa levantar - ela disse o que me fez suspirar.

- Ok - falei abrindo os olhos para ver ela sorrindo na minha frente.

Todas as noites que não passávamos treinando eu dormia na cama da Marília, na verdade dormir era muito forte o que menos fazíamos quando estávamos no seu quarto era dormir, nós duas estávamos bem com isso, nossa ligação física estava muito forte, não dava pra ficar muito tempo longe dela e Marília também não queria queria longe de mim.

- Anda que em 30 minutos a Normani vai acordar vocês - ela disse ficando em pé.

Marília já estava perfeitamente uniformizada linda com a roupa camuflada, seus cabelos amarados em um coque e a boina na cabeça, ela era linda, eu sempre babava nela o tempo inteiro, me sentei na cama vendo ela mexer no seu celular, acho que eu nem sabia mais como fazer isso quando eu fosse pegar o meu.

Me levantei para vestir minhas roupas que estavam espalhada pelo quarto, Marília olhava de forma séria para o seu celular algo estava prendendo a atenção dela que estava de costas para mim, me aproximei dela abraçando por trás colocando meu queixo no seu ombro tentando ver o que estava chamando atenção dela.

- O que foi? - perguntei pra ela, Marília suspirou.

- Um ataque no metro no Texas, 10 mortos e 30 feridos alguns em estado grave, entre mortos tem crianças o Estado Islâmico assumiu o ataque - ela falou baixo - As pessoas que você defende mataram mais inocentes de nós - ela disse com a voz fria.

Engoli em seco tirando minhas mãos da sua cintura me afastando dela que se virou pra me olhar, seus olhos que sempre eram carinhosos comigo nas últimas semanas agora eram mais frios.

- Marília você sabe que não é assim eu não defendo eles, não é esse o meu ponto nesse assunto - falei pra ela séria que deu um sorriso irônico.

- As pessoas que você quer salvar, que você quer que fique livre para matar mais de nós acabou de matar crianças, consegue entender isso? - falou irritada - Melhor você ir- disse com a voz distante.

Eu queria argumentar com ela mas sabia que nada que eu fosse falar iria mudar a opinião dela no momento, a forma que ela falou me deixou magoada. Voltei para o meu quarto me deitando na cama para fingir que estava dormindo e esse tempo me fez pensar, Marília é muito diferente de mim, ela acabou de me acusar de defender os terroristas mas não é isso que eu faço, eu não defendendo eles mas eu sinto que todos de alguma forma acham isso.

Já tinha explicado pra Marília o que eu achava mas ela não conseguia entender ninguém entendia, eu não defendia eles claro que não mas entendia de alguma forma, eles não tinham poder para atacar nosso país em uma guerra mas eles faziam isso atacando civis o que é completamente errado mas a paz devia vir da gente, nosso país devia erguer essa bandeira e sair do país deles mas ninguém pensa assim.

Nosso presidente quer dominar o Paquistão, Afeganistão e o Iraque, quer colocar um governo que se submeta ao nosso país, isso estava fora de cogitação pro povo daqueles países mas era isso que estava acontecendo. Nosso exercito estava tomando conta da maioria das cidades desses países, cada dia que passava mais e mais soldados eram enviados a esses países e com nosso poder de fogo era questão de tempo, em 1 ou 2 anos iriamos tomar conta de tudo mas a um custo muito alto...

BATALHÃO 27 Onde histórias criam vida. Descubra agora