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POV Marília

" Uma vez que você toca as trevas elas nunca vão embora, agora a verdade é: Eu não posso ser salva, sei como minha história acaba, através de uma explosão ou no cano de uma arma. Então, a questão é: Vai ser hoje?"

- Eu estava morrendo de saudades - falei beijando o topo da cabeça da Maiara que sorriu.

Maiara se virou um pouco colocando o queixo no vale entre meus seios enquanto minhas mãos a segurava firme pela cintura mantendo o seu corpo junto ao meu, ela tinha chegado a Baijia tinha 2 dias e aquela era a primeira vez que ficávamos juntas em quase 4 meses.

- Eu também, estava quase enlouquecendo - ela disse, sorri tocando seu rosto fazendo carinho na sua bochecha.

- Vem cá - falei baixinho segurando seu rosto.

Maiara sorriu subindo um pouco o corpo para beijar meus lábios, Normani meio que deixou o quarto que a gente dividia para que eu pudesse passar um tempo com a maiara, ontem eu fiz a mesma coisa deixando ela passar um tempo com a Dinah, tudo se resolve com um boa conversa e a gente merecia aquele tempo pra gente matar um pouco a saudade, beijei a Maiara por um longo tempo mas ainda não era o suficiente para matar a saudade que eu sentia dela mas a gente tinha que respirar.

Quando a Maiara se afastou eu olhei no fundo dos seu olhos verdes que eu tanto amava e sorri, meu sorriso por algum motivo deixou ela com as bochechas vermelhas.

- O que? - perguntou com vergonha, acho que eu estava olhando ela com tanta admiração que deixei ela com vergonha.

- Você é tão linda - falei pra ela que abriu um sorriso envergonhado, beijei seus lábios, bochecha, ponta do nariz e testa, fazendo ela sorrir e deitar a cabeça no meu pescoço.

Comecei a fazer carinho nas suas costas indo até sua bunda e subindo para suas costas novamente fazendo ela relaxar o corpo em cima do meu, suspirando fundo.

- Lembra do nosso primeiro dia de folga na base quando me perguntou se eu não queria sair, ter uma vida diferente e eu disse que isso só iria acontecer quando eu encontrasse uma paixão maior do que a que eu sentia pelo exercito? - perguntei pra ela que levantou a cabeça pra olhar nos meus olhos - Eu não sabia que estava falando aquilo justamente para minha paixão - falei pra ela que abriu um sorriso lindo.

- Quando eu beijei aquela mulher eu fiz de proposito apenas pra te provocar e deu certo - ela disse me fazendo rir e beijar seus lábios de forma rápida.

- Eu sabia, ninguém beija uma pessoa olhando pra outra - falei pra ela que sorriu e me beijou.

Ter esse momentos leves com a maiara era algo muito especial, ainda mais antes da gente ir para a maior luta das nossas vidas, iriamos entrar em Bagdá na próxima madrugada, iriamos acabar com eles de uma vez nesse país, era nossa chance e não iriamos perder, então viver aquilo ali que parecia ser simples para algumas pessoas e normal, pra gente era um momento especial e que poucas vezes acontecia e que talvez não fosse voltar acontecer, então a gente tinha que aproveitar.

- Vamos vencer não vamos? - me perguntou quando nosso beijo acabou, toquei seu rosto.

- Vai ser difícil, mas vamos vencer - falei confiante pra Maiara que grudou nossas testas.

- Vamos nos encontrar do outro lado, por favor diz que vamos - ela disse me encarando com os olhos cheios de lagrimas quase desesperada.

Segurei seu rosto com as duas mãos encarando seus olhos verdes que estavam tão clarinhos naquela noite.

- Nós vamos ficar bem, vamos conseguir - falei pra ela que assentiu e me beijou ficando por cima de mim, como se aquilo fosse salvar nós duas e eu precisava que salvasse.

BATALHÃO 27 Onde histórias criam vida. Descubra agora