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POV maiara

" Que minha coragem seja maior do que o meu medo e que minha força seja tão grande quanto minha fé..."

2 meses depois

Tinha se passado 2 meses do meu resgate e passei a maior parte deles me recuperando, na verdade exatamente 51 dias e quando eu finalmente estava pronta pra voltar eu fiquei sabendo que não iria para Baijia e sim pra Kut, sim me mudaram de base contra a minha vontade, segundo o General eu poderia sim namorar com a Marília, isso não era proibido no exercito o que era não recomendado era casais servirem no mesmo batalhão por questão ética ainda mais ela sendo superior a mim.

Isso aconteceu com a Normani e a Dinah também, elas falaram que estavam namorando e separaram elas, assim como o Tom com a Ally, agora nós três éramos do batalhão do Damon, do batalhão 20.

Ficar longe da Marília era um tormento para mim, a gente sempre estava conversando mas não era a mesma coisa que estar perto dela, eu estava morrendo de saudades, eu não podia fazer nada em relação a isso, o General já tinha aberto muitas brechas para nós duas mas agora ele tomou uma medida que a gente sabia que era comum, afinal não estávamos acima de ninguém.

Não era apenas eu que estava ficando louca com a distancia, Dinah tinha 3 surtos diário e a Ally 2, depois eu tinha os meus mas eu tinha que me fazer de forte porque agora eu era uma Sargenta, fui promovida tem 2 semanas e esse peso estava sobre mim agora, eu tinha que ser uma líder durante as patrulhas em Kut, tinha que tentar passar respeito para todos.

A única sequela que eu tive depois que eu me recuperei era os pesadelos, eu já tinha alguns com as pessoas que eu tinha matado e com algumas cenas que eu vi durante essa guerra mas agora era diferente, os pesadelos eram sobre mim sentindo dor, eu sempre acordava gritando e pedindo por ajuda, todos tinham pesadelos na base, as vezes eu ouvia gritos de outros soldados, eu não era a única que era assombrada por coisas que eu fiz ou por coisas que eu passei no exercito, era um privilegio da maioria.

Hoje era mais um dia comum, chato pra falar a verdade, mais nada tinha acontecido depois da nossa invasão em Baijia, a gente só fazia patrulha e esperava alguma coisa acontecer, algum chamado pra entrar em Bagdá mas nada acontecia, então eu andava por Kut eu já conhecia cada beco e viela da cidade, os moradores estavam acostumados com a gente por ali, o prefeito da cidade agora podia ser um prefeito de verdade, ele podia se comunicar com o presidente que estava em Erbil e as cidades podiam ter alguma coisa, por falar nisso semana passada um navio chegou trazendo exportação de outro país depois de 5 anos sem chegar nada por aqui, fizemos a proteção dos materiais e deu para ver as pessoas ficarem felizes com isso.

As coisas estavam começando a melhorar, vida estava voltando ao rosto daquelas pessoas que estavam sofrendo todo esse tempo, eu podia ver que algumas eram gratas mas a maioria ainda não gostava da gente e eu podia entender isso, durante a minha recuperação eu tive algumas aulas para aprender a língua local, isso era importante, agora eu conseguia me comunicar melhor com as pessoas daquele país e entendia eles perfeitamente quando não falavam tão rápido.

- Pensando no que? - perguntou Dinah ao meu lado enquanto andávamos pelas ruas naquele calor infernal no meio da tarde.

- Na Marília e no quanto tudo esta tão parado - falei pra ela que suspirou.

- Te entendo, estou sentido falta da Normani também, não vejo a hora de poder ver ela novamente - disse Dinah, suspirei.

- Só queria que a gente fizesse alguma coisa além de rondas, estou cansada já - falei pra ela que fez um careta.

- Se você esta cansada disso imagina eu que estou fazendo isso tem 2 meses, você esta a 15 dias - ela disse me fazendo rir um pouco.

Eu ai falar alguma coisa mas eu vi um menino correndo na nossa direção no começo da rua, ele estava gritando coisas desesperado e tinha sangue nas suas roupas e mãos, todos apontaram as armas pra ele inclusive eu, o garoto parou de correr na hora, ele devia ter uns 10 anos, tinha cabelos pretos, olhos da mesma cor, pele dourada e vestia calça baje e camisa da mesma cor que agora estava parcialmente vermelha de sangue fresco.

BATALHÃO 27 Onde histórias criam vida. Descubra agora