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POV Marilia

" - Não posso negar aquilo que eu sinto por você..."

31 de dezembro...

O ultimo dia do ano marcava meu penúltimo dia de folga por assim dizer, eu tinha que me apresentar a base do exercito em Los Angeles no dia 2 as 10h junto com o Batalhão 27 inteiro e mais outros que foram convocados, era o inicio da nossa missão, não sabíamos ainda quanto tempo iriamos ficar mas eu não iria voltar tão cedo pra casa, eu sabia disso e por isso eu queria ter um momento só meu com a maiara.

Sim eu queria ter um momento só meu e dela antes da gente embarcar para o Iraque sem saber se iriamos voltar para casa, sabendo que não iria ser nada fácil e que tinha uma chance grande da gente não poder ter nenhum tempo para gente, depois da noite da formatura dela, passamos muito tempo juntas, sendo pessoas normais, claro que sem expor nada para ninguém, era difícil isso, eu estava muito próxima dela, eu acabei falhando na minha missão de não deixar passar de desejo, tinha passado e eu sabia disso mas não queria admitir para mim mesma.

Era véspera do dia primeiro e eu chamei a maiara para ver a queima de fogos comigo na praia de San Francisco ela aceitou o que me deixou muito feliz mas antes eu queria jantar com ela, como era véspera de ano novo a maioria dos restaurantes estavam fechados na parte da noite então antes de ir para praia eu decidi fazer um jantar no meu apartamento que ficava de frente para a praia.

Eu nunca fazia essas coisas, eu não era esse tipo de mulher que fazia jantares românticos ou coisas do tipo mas eu queria fazer pra maiara, aquela garota de olhos castanhos abriu brechas no meu coração que eu nunca tinha conhecido, que eu nem fazia ideia que essa parte existia dentro de mim mas que agora eu estava tentando conhecer e aproveitar a parte mais leve de existir, no final era pra isso que eu iria me enfiar em um avião para lutar longe de casa, para que outras pessoas possam viver esses momentos sem ter uma bomba explodindo perto delas e levando as pessoas que elas amam.

A Maiara ainda não conhecia meu apartamento, eu nunca trouxe ela aqui mas hoje eu queria, minha família até questionou onde eu iria passar a virada do ano mas eu falei que iria beber com alguns amigos, eu já tinha passado o Natal com eles, eles não entenderam muito bem isso mas aceitaram, eles iriam para casa de um tio meu também, então estava tudo bem, Natal era família e virada de ano era mais bagunça, mal sabem eles que eu estaria na minha bagunça particular com a maiara, por que era isso que nós duas eramos, uma grande bagunça no meio do caos, mas poucos vão entender que mesmo ela sendo a minha bagunça, ela é minha paz, nem eu entendia mas era.

Eu estava vendo o macarrão no fogo quando ouvi alguém bater na porta, eu já tinha deixado a entrada da maiara liberada na portaria, respirei fundo algumas vezes, eu me sentia nervosa, era estranho isso mas eu me sentia assim como uma adolescente tendo seu primeiro encontro sendo que eu e a maiara já passamos disso a muito tempo, mas agora era diferente, ela estava na minha casa, casa que eu não abria para ninguém que não fosse da minha família ou amigos íntimos que agora era só a Normani.

Fui abrir a porta e encontrei do outro lado olhos castanhos brilhantes e um sorriso tímido da maiara, ela estava com uma calça jeans preta, sapato, camisa e um casaco por cima, além de um goro na cabeça, estava frio lá fora e como sempre ela fez meu coração disparar.

- Entra - falei pra ela saindo da frente da porta.

Maiara entrou devagar fechei a porta vendo ela observar o meu apartamento que não era pequeno o exercito pagava bem pra uma capitã, a sala era grande dois sofás brancos, carpete no chão da cor creme, uma tv grande na parede, na outra parede tinha um quadro da minha família, a bandeira do país e um quadro de vidro com 5 medalhas que eu tinha ganho 2 por honra, 1 por bravura e 2 como herói de missão, elas eram meu orgulho, eu usava replica delas e deixava as originais ali.

BATALHÃO 27 Onde histórias criam vida. Descubra agora