Hablando sua língua

Oficial?

O Sol estava radiante naquela manhã, as cortinas do quarto estavam abertas, e um raio de luz atingiu os olhos do Argentina o fazendo despertar aos poucos.

Sua cabeça ainda estava processando o que estava acontecendo, ele estava deitado na cama, sobre o peito do Brasileiro, completamente envolvido em seus braços, estava quente e confortável, ele se sentia num casulo.

Em uma situação normal ele teria levantado, e saído de perto do Brasileiro o mais rápido possível. Mas agora, depois do que eles fizeram, ficar com o outro daquele jeito, parecia menos... Ameaçador. Acreditar que o Brasil não estava apenas Brincando com ele, ainda era complicado, especialmente por que ele era seu rival.

Ele já fez e já disse tantas coisas ruins para o Brasileiro, que o conhecendo um pouco melhor provavelmente não passou despercebido pelo seu emocional.

Ele levantou a cabeça, encarando o Brasileiro dormindo, sua pele morena, seu cabelo macio, aquela face angelical, aqueles lábios que produziam...aquele maldito sorriso, que o deixava sem fôlego, ele estava com a cara meio amassada, e sua boca parecia formar um biquinho, iqual a uma criança.

Era quase impossível de acreditar que ele esqueceu tudo que o Argentino já havia feito e deito para ele, para se entregar tanto a esse novo sentimento. Ele proprio também esqueceu muitas coisas que o moreno fez com ele, por causa desse sentimento novo.

Mas de certa forma, parece que no fundo, ele sempre sentiu isso, ele sempre de certa forma quis o Brasil perto dele, mesmo se fosse para incômoda-lo, e a admiração que ele tinha pelo outro era muito grande, tanto aponto do Brasil ser o único bom o suficiente para o Argentino considerar um rival.

Expressar qualquer uma dessas coisas já o fazia se sentir derrotado e patético, como se tivesse se rendido ao seu rival, então ele optou em "odiar" o Brasileiro, mas no fundo ele sabia que nunca foi realmente ódio.

Seus pensamentos foram interrompidos quando os dedos do moreno começaram a acariciar sua cabeça, lhe fazendo um cafuné gostoso na cabeça, Argentina sentiu o rubor crescendo novamente em seu rostos, quando ele voltou a prestar atenção no Brasileiro, que soltou um gemido sonolento enquanto abria devagar seus olhos.

Ele encarou o Argentino, com aqueles olhos castanhos que tiravam o Argentina do sério. Ele continuou com o cafuné na cabeça do loiro, e abriu um sorriso.

- Buenos dias Corazon. - o rosto do Argentino começou a esquentar novamente, e ele desviou o olhar franzindo o cenho de leve.

- B-Buebos dias. - Brasil observou o Argentino, e abriu um sorriso maroto.

- Olha parece que você não fugiu dessa vez. - o rubor no rosto do Argentino cresceu e ele tentou se afastar do Brasil.

- E-Eu já estava levantando. - ele tentou se levantar para sair dos braços do Brasileiro, que o puxou de volta.

- Agora você vai ficar.

- Me solta! - o Argentino lutava contra os braços do Brasileiro, tentando se soltar, mas ele continuava o agarrando, o fazendo ficar alinhado em seu peito.

- Fica aqui. - pediu numa voz manhosa, enquanto agarrava o Argentino, que continuava se debatendo em seus braços.

- Déjame salir!

- Mas tá tão gostoso, por que você quer sair?

- E-Eu tenho que me limpar! Você me deixou todo melado ontem. - ele empurrou o Brasileiro se soltando dos seus braços, se arrastando para longe do moreno na cama, o fazendo rir.

- Achei que você tinha gostado. - falou ele com um sorriso cínico. - Que ajuda para ir ao banheiro?

- C-Claro que no! Yo puedo ir solo. - ele não admitia mas suas pernas estavam doloridas, fracas, e extremamente bambas, e no momento em que ele pisou no chão para ir em direção ao banheiro, suas pernas tremeram o fazendo cair de joelhos no chão.