Capítulo Um

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"Uma morte por luto."

Harry estava apático a tudo que acontecia a sua volta.
Bem não era pra menos, ele a via matado sua própria alma gêmea.

'mais ela queria o matar' era a vozinha superficial de sua mente.

'Ela estava louca, ele nem ao menos sabia que Harry era sua Alma predestinada! Mas Harry sempre sentia o laço sempre que eles se encontravam, vc sabia no fundo, vc simplesmente não quis ver a verdade.' Era outra voz que Harry nunca conseguia calar.
E claro que ele não conseguia calar, a voz era ele próprio.

Como calar alguém que está dentro de si?

Se matando por dentro com seus pensamentos podres.

Ele se sentia como em um coma consciente, ele via tudo se mechendo ao seu redor, via Luna lendo para ele, escutava as reclamações diárias de Draco e também via Neville mostrando fotos de suas viagens.

Mais ele não sentia nada, ele não conseguia. Como conseguiria?
Ele matou sua cara metade, o amor de sua vida, aquele que ele deveria proteger até sua morte.
Mas em vez disso, ele o matou.

Harry Potter matou sua alma gêmea
E agora estava se matando.

Ele se lembrava da dor que sentiu ao descobrir que Voldemort era nada mais nada menos do que sua Alma gêmea.

Ele lembrava da explosão que aconteceu quando ele finalmente percebeu que a via matado o amor de sua vida, a única pessoa que ele conseguiria amar independente de qualquer coisa.

Ele lembrava de seus gritos de dor, lembrava também de como o restante de seus amigos tiveram que se colocar em uma bolha mágica para não serem destruídos por sua magia. Mas ele não se importava mais, ele não se importava com mais nada, como se importaria? Ele estava sozinho no mundo, ninguém nunca mais iria entender suas dores como sua ( agora falecida ) alma gêmea faria.

Ele queria morrer.
A todo segundo
A cada minuto
A cada hora
A cada dia
A cada semana
A cada mês que se passava.

E ele iria.

........

Na Fria e silenciosa casa Black, Harry Potter se sentava em uma das duras poltronas da Fria sala.

Suspirando, Harry finalmente deixa sua pena cair. Ele a via escrito tanto que seus dedos doíam.

- Monstro - chamou colocando os papéis dentro de seus envelopes

- Sim mestre Harry Potter! - Respondeu com uma dura reverência que vazia seu nariz pontudo encostar no frio chão.

Monstro agora não usava mais trapos como vestimenta, não, Harry não conseguia viver com um elfo que constantemente o lembrasse de si mesmo. Monstro agora vestia um bom terno marrom escuro, com um grande brasão da família Black em seu peito, ele também tinha uma pequena e brilhante pulseira em sua mão, Harry o avia dado depois de sair com o elfo ao Beco Diagonal e ver que o elfo estava encarando muito a fina pulseira.

- Quero que esse envelope seja entregue ao Banco, e que esses outros três aos seus donos.. -
- Sim senhor mestre Harry Potter! - respondeu já pegando o largo envelope do Banco e os outros três menores.
- Monstro... Quando vc voltar.. Não vá atrás de mim até amanhã, tudo bem? -

Mesmo achando estranho, o elfo respondeu com um leve aceno de cabeça.

- E depois de vc for me ver amanhã, quero que vc entre em meu escritório.... E queime tudo que á lá dentro, menos uma carta, que é para vc -

Assustado com as palavras de seu mestre, o elfo rapidamente desaparece em um estalo de magia.

Se sentindo exausto, Potter se levanta e começa a subir as grandes e estreitas escadas da casa. Passando os dedos pelas paredes, ele podia sentir a magia da casa ir até ele, como se tentasse o puxar para não continuar a subir as escadas.
Mas nada poderia o parar

Nada.

........

Olhando para as madeiras do teto, Harry podia ver que algumas manchas da madeira formavam figuras, algumas se pareciam com animais e outras eram só manchas que não tinham forma alguma.

Era estranho que só no fim que ele percebesse isso.

Olhando para baixo ele via seu sangue escorrer de sua barriga. Era tão vermelho e vivo, diferente dele.
Ele tinha imaginado milhões de formas mais interessantes para morrer, mais uma fácil facada no estômago nunca perdia a fama.

Ele estava sentindo tanta dor, física e mental, mais nada se comparava com o alívio que ele estava sentindo.

Ele finalmente iria se encontrar com seu amado.

Finalmente.

Minha Doce OrquídeaOnde histórias criam vida. Descubra agora