Capítulo 7: Vizinho.

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Cerca de sete anos haviam se passado depois do trágico final do segundo ano do ensino médio de Crowley e Aziraphale. O ruivo já estava formado: ele fez faculdade de biologia com pós-graduação em botânica - infelizmente a banda de garagem que havia formado durante o terceiro ano foi um fracasso, então seguiu o caminho da biologia, matéria essa que ele amava muito. Embora procurasse por seu amado, nunca mais havia revisto ele.

Agora se encontrava finalmente arrumando as coisas de sua mudança: juntou dinheiro depois da faculdade e havia conseguido comprar um espaço onde colocaria sua floricultura numa cidade vizinha. O lugar não era enorme, mas era aconchegante. Ele tinha onde dormir? Não, mas segundo palavras do mesmo "Eu vou conseguir me virar". Seu plano era levar um colchão inflável e dormir no chão da própria loja. Por enquanto o local só continua algumas plantas, mas o plano de Crowley era encher aquilo de plantas.

Chegando lá estacionou sua moto na faixada e esperava a chegada da caminhonete de seu pai, que traria suas plantas.

- Valeu pai!! - Agradeceu após seu pai o ajudar a descarregar as plantas - Fica tranquilo que eu volto visitar. - Acenou enquanto o mesmo ia indo embora.

Além de plantas, o pai também trouxe alguns quadros, telas, tintas e pincéis - um dos hobbies favoritos que o de cabelos dessa vez não tão grandes tinha. Ele gostava de pintar paisagem e pessoas, de uma maneira mais renascentista e barroca. Também arriscava pintar alguns quadros de seu anjo, embora não o visse a muito tempo.

Aziraphale, assim como Crowley, já estava formado, só que no entanto era em literatura, o mesmo já estava pronto para dar aulas - a paixão em explicar ainda era grande, embora ele realmente quisesse ter uma livraria.

Seus pais o sustentavam pagando o aluguel de onde morava, já que não era na mesma cidade. O lugar era uma casinha de esquina de dois andares, onde o loiro tinha designado a parte de baixo para sua futura livraria, então lá já se encontravam estantes e um considerável número de livros que ele havia colecionado por muito tempo. No andar de cima havia um quarto até que grande, um banheiro e uma cozinha. Com a ausência de uma sala, sua televisão se encontrava no quarto, embora quase não assistisse nada.

Ele estava animado, parece que ao lado de sua futura livraria de renome havia aberto uma floricultura, viu um pouco da mudança acontecer e já estava ansioso para conhecer seu mais novo vizinho, porém faria isso no dia seguinte - ele sabia como mudanças eram complicadas.

No dia seguinte acordou por volta das 7h e se arrumou calmamente depois de tomar um saboroso café da manhã. Usava uma blusa branca social com uma calça marrom escuro e de acessório nada mais que um anel no dedo mínimo. Eram 8h porém esperaria um pouco mais para visitar seu vizinho.

Vizinho esse que ainda estava dormindo. Levantou por volta das 9h, se arrumou rapidamente e abriu a floricultura as 9h30.

Embora o loiro estivesse ansioso, não queria parecer desesperado, então só foi a floricultura depois das 10h, quanto viu que seu vizinho já havia recebido outros clientes. Arrumou brevemente seu cabelo e lá se foi.

- Com licença? - Perguntou baixo ao entrar no local e não avistar ninguém.

- Ah já vai! - ouviu uma voz familiar gritar dos fundos da floricultura. Logo a figura semelhante apareceu em sua frente.

"PORRA NÃO É POSSÍVEL, PUTA QUE PARIU!!!". Foi a primeira coisa que se passou por sua cabeça ao ver Crowley em sua frente depois de tanto tempo. Ele trajava uma blusa preta larga com um shorts jeans largo que chegava até pouco mais que a metade de sua coxa. O cabelo estava diferente, meio raspado do lado. Os acessórios em grande número continuavam. Ele não acreditava quem via em sua frente.

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