Capítulo 5: Anoitecer.

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- Crowley o que acha de assistirmos, sei lá... Atividade Paranormal?

- Tá louco?! Aqui tem uma porta que se a gente não tranca fica batendo, nunca mais eu durmo se depois que a gente assistir isso aquela porta bater. - Ele realmente parecia com medo.

- Fica tranquilo querido, eu te protejo! - Disse rindo um pouco.

- E se a gente visse... A hora do espanto! Aquele de 1985 que é bem tosco sabe! Daí eu não tenho medo.

- Pode ser vai, seu medroso! - Aziraphale tia alto agora.

O filme começou, e mesmo que fosse bem antigo, Crowley estava com medo. Assim que o filme acabou, o ruivo tentava esconder todo aquele medo, mas obviamente era bem perceptível.

- Não vá me dizer que está com medo!

- Quem te disse que eu tô com medo? Eu não tô vendo ninguém com medo aqui.

Nesse momento ambos já estam na beirada dos colchões de modo que ficavam mais perto com os colchões encostados. "Puta que pariu ele é muito gostoso..." pensou Aziraphale que logo corou e se surpreendeu com o próprio pensamento.

- O que fazemos agora? - Perguntou o loiro.

- Sei lá, o que quer fazer? - Ele na verdade queria ter dito "Por que a gente não dorme abraçado?" Mas achou que seria muita ousadia de sua parte.

- Quer dormir já?

- O que você quiser, meu anjo...

- Posso dormir deitado em você...? Sabe é que eu também tô com medo e... - Aziraphale não sabia de onde tinha tirado coragem pra falar aquilo, mas quando percebeu as palavras já estavam ditas. - Me desculpa! Acho que eu acabei falando mais do que devia!! Boa noite! - Disse rapidamente enquanto se afastava de Crowley.

- Na verdade, eu queria pedir isso mesmo... A gente pode dormir abraçado? - o rubor tomava conta do rosto dos dois nesse momento.

- Bom... Acredito que sim! - Logo após chegou mais perto de Crowley e se aconchegou em seu peito.

O clima surgiu novamente, e finalmente nada os impediria agora. Sem irmã para interromper, sem horários para o segurar. Aziraphale e Crowley começaram a se encarar. Estavam casa vez mais próximos.

- Crowley, será que eu posso-

- Não sei o que está esperando. - Poucos segundos depois dessa frase ser dita, o espaço existente entre seus lábios sumiu após o avanço de Crowley.

Foi um beijo calmo e cheio de emoção. Durou bastante, ambos queriam aquilo fazia tempo. Seus lábios se afastaram novamente, os dois já estavam sem ar.

- Por que que a gente não fez isso antes mesmo...? - Perguntou o ruivo.

- Por que éramos muito burros... - Respondeu Aziraphale, que logo uniu seus lábios novamente, dessa vez com um beijo mais intenso e cheio de desejo.

Não se passou muito tempo e Crowley estava encima de Aziraphale, com as pernas uma de cada lado de sua cintura. Ainda estavam só se beijando, mas isso já era muito pra eles, que a poucos minutos atrás eram apenas amigos e nada mais.

- De anjinho você só tem o rosto né? - Disse o ruivo em meio aos beijos, ainda que sua respiração estivesse descompassada.

- Você ainda não viu nada... - Aziraphale levantou rapidamente e se virou, invertendo as posições. Agora Crowley estava com suas mãos na cintura do loiro, e o mesmo tinha uma mão entrelaçada aos cabelos vermelhos e outra em cima do peitoral do ruivo.

- Atrevidinho você hein? - O ruivo agora juntava suas mãos no rosto de Aziraphale e o puxava novamente para outro beijo.

Isso foi tudo o que aconteceu nessa noite, não passaram de beijos e carinhos. Quando o cansaço lhes bateu a porta, acabaram dormindo abraçados - de conchinha mais precisamente. O loiro que ficou atrás do ruivo não pode deixar de depositar vários beijos - e até mordidas - na curva do pescoço do outro, que a cada momento parecia mais arrepiado.

Perto de Você - Good OmensOnde histórias criam vida. Descubra agora