27• DC

80 13 2
                                    

Final de mês, dia de mercadoria chegar, mandar pagamento prós cara que alivia minha barra nas entradas de mercadorias no Brasil, tava cheio de coisa pra resolver.

DC: Digão, já mandou mensagem pro cara lá? Confirmou que não tem Bo nenhum pra hoje a noite?

Pergunto pro meu Sub, afinal ele era responsável por toda mercadoria, eu só dava aval nas negociações.

Digão: Tá tudo certo. Já avisei a eles, qualquer merda, eles não recebem os deles. E ainda deve pra nós.

Ele respondeu meio seco, sei que assim como eu, ele também tava cansado, cheio de coisa para resolver. Mais conhecendo meu amigo, aí tem coisa mais.

DC: Bo brotar ali em casa. Tô brocado de fome!

Chamei ele, Digão assim como turco e os que eu realmente confio de olhos fechados, são os únicos que permito entrar na minha casa com as intimidade.

Digão: Acho que vou dá um pia lá por casa.

DC: Bora logo, deixa de caô.

Ele só balança a cabeça confirmando e seguimos cada um em sua moto.

Entro em casa dava pra ouvir a zorra que o meu moleque fazia, menor fica todo elétrico quando a mãe tá em casa.

_ Papai.

Ele corre se jogando nos meu braço, pego meu filho e jogo no ar arrancando uma risada nele.

DC: Cadê sua mãe?

_ Ela tá lá na cozinha, tava brigando com a Aulola.

Ele nunca acerta o nome da irmã.

_ Tio, o Sr me pega no colo?

Ele perguntou ao Digão assim que pus ele no chão e segui pra cozinha onde Aurora e a mãe tavam conversando algo. As duas para de conversar assim que entro na cozinha.

DC: Cheiro de problema no ar.

Falo abraçando minha mulher, passa o tempo que for, essa mulher cada dia mais gostosa. Beijo seu pescoço prensando ela contra mim.

Aurora: Da para os dois parar, eu tô aqui. E não quero ficar traumatizada.

Me libero da minha mulher e vou até a filha reclamona, e abraço dando um beijinho em seus cabelos longos iguais os da mãe dela.

_ Aí que eu amo esse clima de família perfeita.

Ouço a voz irritante da Estrupício da minha cunhada. Ela entra deixando várias bolsas largadas pela a casa.

DC: Aqui né teu barraco não pangaré, se liga.

_ Também te amo cunhadinho. Aí mana, tem comer? Tô morrendo de fome.

DC: Quando que não tá?

Ela se gruda na irmã abraçada e saio deixando as fofoqueiras lá e sigo até a sala onde Digão tava com a cara enfiada no celular. Pego um copo sirvo um dose de whisky pra nós.

DC: Que que tá pegando?

Ele se encosta no sofá bufando irritado.

Digão: Luana. Mandou mensagem, falou que não dava pra continuar com o que nós tava tendo. Que precisava de mais tempo com a mãe e o irmão. Eu até falei que dava todo tempo pra ela, que ia lá visitar ela. Mais ela falou que não dava mais e pronto.

DC: Pô, mais acho que só a barra que ela tá passando. Logo ela tá aí.

Digão: acho que não irmão. Ver aí.

Ele passa o celular pra mim.

💬 Você sempre soube que não iríamos ter nada além do nosso caso, sexo. Sempre foi intenso, eu gostava muito da nossa relação, nossa química. Sem cobranças. Mais também sempre deixei claro a você Rodrigo. Não teremos nada sério. Eu não sou mulher pra compromisso, casamento, filhos. Amo a Thay, você sabe disso, sempre cuidei e amei ela. Mais como amo minhas sobrinha. Espero que vc encontre alguém que te ame, cuide de vcs com a msm intensidade que vc se entregar. Eu não vou mais voltar Rodrigo, desculpa. Minha prima tá bem com sua família, eu não consigo voltar pra aí e não lembrar do meu irmão Pietro, e tudo que aconteceu. Eu tentei, mais não dá mais. Bjs.

O Lado Feio Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora