Capítulo 4 - Desastre

28 9 4
                                    

Nash sentou-se no chão, abraçou as pernas e apoiou as costas na cama. A iluminação externa atravessa a janela e forma um quadrado de luz ao redor dela, como um toque delicado da vida no limbo obscuro ao qual foi condenada.

Nash sentia que estava morta, ainda que viva

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nash sentia que estava morta, ainda que viva. Um contraste escrachado que lhe rasgava o peito e perfurada seu coração indefeso. Ela não dorme corretamente há mais de um mês, desde que acordou amarrada na cama diante dos médicos. Seu medo de nunca mais acordar, ou adentrar a outra cena sangrenta lhe roubava a sanidade. 

De repente um veículo se aproximou, pelo barulho do motor, Nash identificou que se tratava de um SUV importado. Viver em um local pequeno com a janela voltada para a rua tornou a audição da garota mais apurada. Ela ouviu duas portas se abrirem e de repente duas vozes começaram a se confrontar. A voz masculina é grossa, alta, quase gritada, tenta impor uma autoridade que claramente não tem. A voz feminina é doce, suave, aveludada, mantém o mesmo tom sem demonstrar fragilidade. A curiosidade se transformou em um trampolim e lançou Nash em direção da janela, ela apoiou o corpo na parede e espreitou pelo cantinho. O casal estava em pé diante do capo do carro preto. O homem gritava e gesticulava, buscando ganhar a discussão afugentando a mulher, que apenas respondia de forma culta. 

De repente ele esbravejou, lançou as duas mãos para cima em sinal de frustração. A paciência da mulher machucava o ego inflado daquele ogro. O homem alto, de pele caucasiana, cabelos loiros e corpo magro, caminhou até a porta lateral do carro. Enfiou a mão dentro do veículo e puxou uma garota para fora. A mulher apenas observou enquanto ele arrastava a garota até a frente do veículo. 

Nash não se preocupou em ouvir a discussão, porque eles se expressavam mais através da comunicação não verbal. A garota se manteve a maior parte do tempo de cabeça baixa em sinal de passividade. Mas em um curto momento ela levantou o rosto e cruzou olhares com Nash que ficou impressionada com tanta beleza.

 Mas em um curto momento ela levantou o rosto e cruzou olhares com Nash que ficou impressionada com tanta beleza

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
WELCOME TO MY DARKSIDE (Mistério/Suspense/Lésbico) Onde histórias criam vida. Descubra agora