Te vejo amanhã

03

🦊🐇.

Yeonjun observou aquele homem de baixo para cima tentando lembrar quem é aquele. até que um flashback veio em sua mente.

- Oh você é o cara da festa! - Yeonjun disse apontando o dedo para ele.

- Sim, aquele que você derramou a bebida. Você vai pagar por isso! - disse com raiva estalando seus dedos.

- Opa, eu? Você que foi com uma blusa branca para uma festa e eu sou o culpado?

- Você que derramou!

- Você que foi com blusa branca para uma festa em um sítio. - Cruzou os braços.

- Oras seu...

E em segundos aquele cara grande partiu para cima de Yeonjun tentando o golpear. Mas Choi conseguia prever perfeitamente cada gesto que ele fará, todos que estavam naquele círculo gritavam a favor de Yeonjun. Mas de repente notou que Soobin está entre eles, observando com seu olhar de decepção. Ele se atrapalhou e recebeu um soco que fez seus lábios sangrar.

- O que... - tocou em sua boca sentindo o gosto de sangue. - Ninguém ousa bater em mim! - falou com raiva.

Yeonjun, literalmente, voou para cima do cara o dando vários socos sem parar ao ponto de fazê-lo desmaiar. Todos olham Choi com medo e preocupados com o garoto desmaiado no chão. Só percebeu isso quando foi puxado por Beomgyu.

- Cara o que você fez?!

- Ele... Me bateu... - Yeonjun disse ofegante, olhando ao seu redor.

Aqueles olhares de medo, desgosto, decepção. Todos que encarava ele, Yeonjun se sentiu sufocado e entrou em crise. Está cansado de ser visto como encreceiro, alguém que nunca terá um futuro bom, alguém que nunca será visto como o melhor. Yeonjun se sente angustiado com aqueles olhares. Correu, se sentando no chão e vendo suas mãos cobertas de sangue.

O que eu fiz?!

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- Choi Yeonjun, não posso fazer nada por você. Tínhamos um combinado e você descumpriu.

- Eu sei, eu sei...

Aquela sala onde está todos os dias não é mais aconchegante, já não o vê como seu segundo quarto. Agora é uma sala sufocante onde seus medos corriam livremente rindo de sua cara de assustado.

- Preciso da assinatura de seus pais para que eu possa te expulsar e tranferir.

- Meus pais?

- Sim Yeonjun, seus pais.

Pais. Yeonjun sentiu seu peito doer como se tivesse sido apunhalado pelas costas com uma grande espada que acertou seu coração em cheio. Aquela palavra tão pequena mas cheia de significados, que para Yeonjun não importava mais.

- Sabe, Choi, de certa forma eu admiro você - revelou a diretora, se levantando - Meu filho não tem amigos, vive no quarto estudando ou treinando. Ele não sabe o que é a vida.

- Perdão?

- Se ele tivesse amigos, não importa quem seja, eu seria grata.