Amaldiçoada

O Convite

Finalmente, aconteceu. Eu e Harry estávamos oficialmente namorando, e a notícia se espalhou como fogo na escola. Estar ao lado dele, compartilhando risos, segredos e, claro, os momentos mágicos, fazia tudo parecer ainda mais especial. Minha felicidade transbordava, e eu me sentia como se estivesse flutuando nas nuvens.

No entanto, nem todos compartilhavam da minha alegria. Meus pais, ao receberem a notícia através de uma carta, expressaram sua desaprovação. A mensagem que recebi era clara: eles não aprovavam o relacionamento com Harry e consideravam que não era uma boa ideia. Essa revelação trouxe uma sombra inesperada à minha felicidade recente. As palavras dos meus pais ressoavam em minha mente, deixando-me com uma sensação de conflito. Por que eles não aprovaram? Eu sabia que Harry era um bom garoto, cheio de coragem e bondade. As qualidades que eu admirava nele eram muitas, e eu não conseguia entender a razão por trás da desaprovação de meus pais. No entanto, apesar da preocupação e da possível discordância familiar, optei por seguir meu coração. A conexão que compartilhava com Harry era única, e sua presença trazia um brilho especial à minha vida em Hogwarts. Recusei-me a deixar que a desaprovação dos outros obscurecer a alegria que encontrava no relacionamento.

Coisas inexplicáveis começaram a acontecer, deixando-me inquieta e desconfortável. Ouvi vozes sussurrantes quando estava sozinha, murmurando palavras indistintas que me faziam estremecer. No entanto, o que mais me assustava eram os sonhos. No início, eram apenas visões turvas e sombrias de uma sala escura, mas à medida que as noites passavam, esses sonhos se tornavam mais vívidos e perturbadores. A sala escura começou a se tornar mais clara, revelando detalhes que antes estavam ocultos. Símbolos estranhos adornavam as paredes, e uma sensação de inquietude pairava no ar. Cada noite, o sonho mudava sutilmente, como se estivesse tentando me comunicar alguma mensagem misteriosa. O aspecto mais alarmante era que esses sonhos intensos começaram a afetar minha vida diurna. Acordava gritando todas as noites, mergulhada em um terror que eu não conseguia explicar. A linha entre a realidade e o mundo dos sonhos começou a se tornar tênue, e eu me encontrava cada vez mais desconectada do meu entorno. A preocupação de Harry, amigos e colegas crescia à medida que minha condição piorava. As noites se tornaram uma batalha constante contra os horrores do desconhecido. Busquei ajuda nos livros da biblioteca de Hogwarts, mas as respostas eram elusivas, e o mistério que envolvia esses acontecimentos estranhos parecia se aprofundar. A escuridão que se desdobrava nos meus sonhos começou a se infiltrar na minha vida cotidiana, transformando o que antes era uma jornada feliz em Hogwarts em uma busca angustiante por respostas. O desconhecido parecia tecer sua teia ao meu redor, desafiando-me a entender a verdade por trás desses eventos misteriosos.

Certa tarde, recebi uma carta de meus pais. Seu conteúdo, ao contrário das mensagens anteriores, era curto e direto. Eles informaram que eu precisaria ir para casa no próximo final de semana, pois havia algo importante a ser feito. A notícia me pegou de surpresa, e uma sensação de apreensão se instalou em meu peito. O que poderia ser tão crucial a ponto de exigir minha presença imediata em casa?

No final de semana, embarquei no trem para casa, ansiosa e ao mesmo tempo temerosa pelo que estava por vir. O caminho de volta foi repleto de reflexões sobre os sonhos intensos, as vozes sussurrantes e a escuridão que parecia se aprofundar a cada noite.

Ao chegar em casa, fui recebida pelos meus pais, cujas expressões revelavam uma mistura de preocupação e determinação. A atmosfera na casa estava carregada com a tensão de algo significativo que estava prestes a acontecer.

    Ao chegar em casa, fui ajeitar minhas coisas no meu quarto. Pouco depois, meus pais me chamaram para a cozinha. Ao entrar, notei que em cima da mesa havia um envelope preto, o qual se destacava contra a superfície branca. Sua presença imponente intrigou-me, provocando uma série de perguntas na minha mente.