A missão

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Eu fiquei imóvel, observando a cena diante dos meus olhos com incredulidade. Pisquei várias vezes pensando que estava sonhando, aquilo não podia ser real.

- Anne. - disse Voldemort com uma voz suave. - Você não está sonhando; eu tenho uma missão para você.

Eu estava sem palavras. Olhei ao redor, esperando que alguém estivesse pregando uma peça em mim. No entanto, tudo parecia terrivelmente real.

- Você foi escolhida para uma missão extraordinária. - continuou Voldemort. - Possui algo que pode mudar o destino do nosso mundo.

Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

- Isso não pode ser real. - falei, olhando em volta.

- É real, Anne. Você foi escolhida, e fará o que eu quiser.

- E se eu não fizer?

Nesse momento, ele pegou sua varinha e puxou meus pais para perto dele.

- Você nunca mais verá sua família. - disse ele, sorrindo.

Não consegui articular mais nenhuma palavra; minha visão começou a escurecer, minhas pernas fraquejaram, e eu apaguei novamente.

Quando eu acordei estava deitada na cama de Draco e ele estava do meu lado.

- Finalmente você acordou. - Disse ele.

- Me diz que tudo aquilo foi um sonho. - Falei

- Não foi, foi tudo real Anne.

- O que ele quer de mim? - perguntei

- Eu não sei, acho que você precisa ir falar com ele para descobrir.

Demorei muito tempo para tomar coragem e voltar a encarar Voldemort. Quando desci e entrei na sala onde ele estava, ele mandou que todos saíssem para que pudesse ficar a sós comigo. Estava tomada pelo medo, me sentindo vulnerável diante do ser mais temido do mundo bruxo. A sala ficou silenciosa após a saída de todos, e eu enfrentei Voldemort com uma mistura de apreensão e determinação. Ele me observou com olhos vermelhos penetrantes, parecendo avaliar cada centímetro da minha existência. A atmosfera estava carregada com a presença ameaçadora dele, e eu sentia o coração bater descompassado. Finalmente, ele quebrou o silêncio.

- Anne, você está prestes a embarcar em uma jornada que poucos podem compreender. Sua missão é crucial para o futuro de nosso mundo.

- O que você quer de mim? - Perguntei.

- Preciso que faça uma coisa, vai ser fácil, acredito em suas capacidades. - Disse ele se aproximando.

- O que?

- Soube que você era bem próxima de Harry Potter, estou certo?

Balancei a cabeça em sinal de afirmação.

- Isso será ótimo para meu plano.

- E qual é o plano?

- Você vai atraí-lo até aqui para mim.

- O que? Como vou fazer isso? ele me odeia agora!

- Não sei, isso quem vai dar um jeito é você, ou quer que eu acabe com seus pais?

- Não sei se consigo.

- Quer que eu acabe com o Draco também? sei que você tem uma relação.

- Tenho até quando para conseguir fazer isso?

- Algumas semanas. Agora vá, saia daqui, volte para a escola e comece a fazer a sua parte.

Eu estava perdida, como que eu faria isso?

Corri para o andar de cima para encontrar Draco e contei a ele o que eu teria que fazer. Ele franziu a testa ao ouvir a complexidade da missão, e juntos começamos a elaborar um plano para atrair Harry até Voldemort. A sala ficou preenchida com a tensão de nossa conversa, enquanto tentamos traçar estratégias que minimizem os riscos e aumentam as chances de sucesso.

Ao final, tínhamos um esboço de um plano, embora soubéssemos que as variáveis ​​poderiam mudar a qualquer momento. A única certeza era que estávamos prestes a mergulhar em um jogo perigoso, onde as apostas eram altas, e as consequências, inimagináveis. Respirei fundo, sabendo que o próximo passo seria crucial e determinaria o curso do meu destino.

No outro dia, voltamos para a escola com a missão de fingir que nada extraordinário havia acontecido. O peso de minha tarefa pairava sobre mim enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts. Era como se eu estivesse vivendo duas vidas simultaneamente: uma como estudante normal e outra como peça fundamental em um jogo perigoso entre as forças das trevas e a resistência. Os dias se desenrolavam rapidamente, e o tempo se tornou um recurso escasso. Precisávamos colocar o plano em prática antes que Voldemort decidisse agir de outra maneira. As aulas, os deveres e as interações cotidianas se misturavam com nossas preparações secretas, criando um equilíbrio delicado entre a vida normal e as responsabilidades obscuras que carregava. 

Mas era a mim que estava encarregado a parte principal do plano, estava tudo em minhas mãos. Eu precisava me reaproximar de Harry para que o plano funcionasse. 

AmaldiçoadaOnde histórias criam vida. Descubra agora