"Voltando cinco anos no passado estou obcecada, partindo meu coração, chegou o Natal. Aparentemente a neve vai cair e a árvore vai se acender e eu vou vomitar quando pensar em vocês dois se beijando. O garoto que eu amo, o qual está, agora, apaixonado por você, Cindy Lou Who". - Sabrina Carpenter, Cindy Lou Who.
*
Milo me levou para casa, não em silêncio, o aquecedor de seu carro estava ligado e a playlist dele tocava The 1975. Ele conversou comigo sobre o jantar e como foi bom, como ele não se divertia assim a muito tempo.
- Mesmo com minha mãe sendo minha mãe? - eu pergunto rindo.
- Sua mãe é difícil, devo admitir. Mas você facilita tudo sendo tão leve e extrovertida.
Bato em sua perna e olho para ele -, ser a engraçadinha da família meio que é a melhor coisa que eu sei fazer.
- Disso eu duvido, Cindy Lou Who* -, ele me diz olhando para a estrada e eu me pego olhando para seu braço. Ele havia tirado seu casaco e deixado no banco de trás, a manga de seu terno e camisa haviam subido um pouco, o relógio em seu pulso era mais visível, assim como os pelos ali. Olhando o quadro geral, sua atenção à estrada, o fato de ele estar usando óculos para dirigir, o cabelo meio bagunçado, era tão sexy. E um homem dirigir não deveria ser tão sexy.
- Você está flertando comigo, Milo? -, eu pergunto de brincadeira, desviando minha atenção dele e voltando minha atenção para a estrada.
- Hum... Talvez.
Eu rio e aumento o volume quando Matty Healy começa a cantar I couldn't be More In Love.
- Talvez - eu repito -, Milo, precisamos conversar.
- Claro, agora ou espero chegar no seu apartamento?
- Sabe eu sou uma grande fã de documentário de crimes reais, eu não te conheço muito bem e você poderia ser um assassino procurado, não sei se eu deveria deixar você saber onde eu moro.
Milo riu alto e parou no sinal vermelho, sua mão livre foi para seu cabelo antes de ajeitar o óculos em seu rosto.
- Meio tarde pra isso, Cindy Lou. Você já me deu seu endereço.
- Eu não tive escolha, como eu explicaria para minha mãe que meu namorado, que está perdidamente e irrevogávelmente apaixonado por mim, não sabe onde eu moro? Seria muito estranho.
- Sim, mas você poderia só ter pedido para gente dar uma volta por aí e não ter imediatamente me dado seu endereço.
- Eu estava pensando em economizar o dinheiro do Uber - eu dou de ombros e Milo balança a cabeça rindo.
- Acho que você não é tão apegada a sua segurança assim.
- Você vai me matar? Me machucar?
- Claro que não, Sabrina -, ele balança a cabeça.
- Então tá ótimo.
- Você é bem estranha - Milo observa e eu pondero virando a cabeça um pouco de lado e concordo.
- Qual o código para encerrar um encontro falso com um namorado de mentira? - eu pergunto a Milo.
- Não faço ideia, é a primeira vez que estou fazendo isso.
- Para mim também. Você já passou por algo parecido?
- Não, e você?
- Quando eu estava na sexta série eu fingi ser amiga de uma garota do quarto ano, Riley. Meio que funcionou por um tempo.
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A Nonsense Christmas
FanfictionVocê sabe o que dizem sobre passar o natal sozinha? Algo sobre ser uma fracassada solitária, uma vez perdedora... sempre perdedora! Não exatamente sozinha, quero dizer, tenho família e amigos, mas passar o natal sem um namorado? Imperdoável! para mi...