Entre Amor e Distância

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Pov: Ruggero

A decisão de aceitar o projeto em Buenos Aires não foi fácil, mas era uma oportunidade que poderia impulsionar minha carreira. No entanto, a notícia pesava em meu coração, pois significava estar longe de Karol. O amor que tínhamos construído agora enfrentava a prova da distância.

Antes de embarcar para Buenos Aires, decidi passar uma última noite com Karol. Em sua casa estava envolto em um silêncio carregado de emoções. Sentados no sofá, eu segurava suas mãos, perdido nos olhos que conhecia tão bem.

— Karol, eu nunca quis que as coisas fossem tão complicadas. — Comecei, buscando as palavras certas. — Esta oportunidade é incrível, mas... a distância, eu sei que será difícil.

O olhar dela encontrou o meu, e pude ver a compreensão misturada com tristeza. O amor que compartilhávamos era uma chama que agora enfrentaria o desafio da separação.

— Ruggero, eu entendo. Se isso é importante para você, eu quero que vá e brilhe. — Ela disse, mas seus olhos traíam a melancolia.

As horas passaram como minutos, e a manhã chegou antes que estivéssemos prontos para nos despedir. Caminhamos até o aeroporto em silêncio, nossas mãos entrelaçadas como se pudéssemos adiar o inevitável.

Na sala de embarque, o momento da despedida se aproximava. Karol olhava para mim, seus olhos transmitindo um amor profundo e uma tristeza que partia meu coração.

— Ruggero, prometa que isso não será um adeus definitivo. — Ela sussurrou, a voz trêmula.

Segurei seu rosto delicadamente, prometendo com os olhos o que as palavras não poderiam expressar. O anúncio de meu voo preenchia o espaço, e sabíamos que o tempo se esgotava.

— Eu prometo, Karol. Isso é apenas um "até logo". — Murmurei, selando minhas palavras com um beijo suave.

A sensação de seus lábios contra os meus era agridoce, carregada de amor e despedida. Eu a abracei com força, como se pudesse congelar aquele momento no tempo.

— Cuide-se, meu amor. — Ela sussurrou, lágrimas contidas nos olhos.

Com um último olhar, me afastei, sentindo cada passo em direção à segurança do avião como uma faca cortando a ligação que compartilhávamos. O amor que nos unia agora era desafiado pela distância, mas a promessa de um reencontro mantinha a chama viva

Quebra de Tempo

As semanas em Buenos Aires passaram como um borrão, enquanto eu mergulhava de cabeça no projeto que tinha me levado até lá. Cada conquista profissional era um lembrete agridoce da distância que nos separava. As chamadas de vídeo com Karol eram um bálsamo para a saudade, mas também um lembrete constante do vazio ao meu redor.

A notícia sobre nosso relacionamento começou a se espalhar entre os fãs, e as redes sociais ferviam com especulações e mensagens de apoio. A pressão da mídia e a invasão de nossa privacidade tornaram-se obstáculos extras, desafiando a solidez do nosso amor.

As dificuldades não se limitavam apenas ao cenário público. No âmbito pessoal, a saudade de Karol tornava-se palpável a cada dia. As noites na cidade agitada eram silenciosas demais sem sua risada contagiante, e os lugares que visitava pareciam perder o brilho sem sua presença ao meu lado.

Numa noite em Buenos Aires, enquanto encarava a cidade iluminada pela janela do meu apartamento, a solidão apertou meu peito. O som das ruas movimentadas lá embaixo ecoava a agitação em meu coração solitário. As palavras não ditas entre Karol e eu se acumulavam como sombras na escuridão, tornando o desafio da distância ainda mais evidente.

Ao mesmo tempo, o apoio dos fãs, que descobriram sobre nosso relacionamento, serviu como um farol de esperança. Mensagens encorajadoras inundavam minhas redes sociais, lembrando-me de que nossa história de amor não era apenas nossa; ela pertencia a todos que acreditavam no poder do amor verdadeiro.

As visitas esporádicas de Karol a Buenos Aires se tornaram bálsamos para a saudade, mas também momentos fugazes que davam lugar à dor da despedida. Cada reencontro e separação eram uma montanha-russa emocional, testando a resistência do que construímos.

Enquanto eu enfrentava os desafios profissionais em Buenos Aires, Karol mergulhava em seus próprios projetos no México. A distância física tornava-se, muitas vezes, uma metáfora para os obstáculos que enfrentávamos, mas o amor que nos unia continuava a ser a força motriz que nos impulsionava a superar cada dificuldade.

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