𝟙𝟚

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× 𝕋𝕒𝕞𝕚𝕣𝕖𝕤 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕒 ×

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× 𝕋𝕒𝕞𝕚𝕣𝕖𝕤 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕒 ×

Se eu não fizesse tudo que a minha cabeça manda, com certeza ia parar numa cama diferente hoje.

Ao invés disso, não pode passar um pensamento intrusivo na minha cabeça que eu executo. Tô aqui. Saindo do elevador aos beijos com ele, esbarrando em tudo que vemos pelo caminho e demorando mais tempo do que devíamos pra abrir a porta.

Meu coração começa a bater duas vezes mais rápido quando ouço o barulho do trinco. Não só pela pegação, mas porque estou prestes a entrar no apartamento dele. Qualé, mesmo sendo um cara reservado não é possível que uma olhada em volta da BatCaverna não me mostre duas ou três novas coisas sobre ele.

Que tem decoração esquisita como a maioria dos jogadores, ou uma foto dos filhos em algum canto... qualquer coisa que eu não saiba.

Zé não diz nada. Me puxa pra dentro. Dou uma rápida olhada ao redor e nem tenho tempo de ter a primeira impressão porque a boca esmaga a minha com força e eu não consigo desfocar dessa sensação pra nenhuma outra.

— Tinha feito outros planos pra essa noite? – Me pergunta, esfregando os lábios pelo meu pescoço. Fecho os olhos e só abro de novo porque lembro que quero dar uma olhada em volta.

— Tinha. Muitos – Murmuro, sentindo as mãos dele apertarem com força minha cintura.

— Que pena que teve que largar todos pra me ver – Gosto da risadinha que ele solta. Do jeito que solta as asinhas. Do jeito que o "que pena" desliza pela língua de um jeito debochado, claramente sem pena nenhuma.

Só tem uma luz ligada lá longe e a pouca claridade que entra pelas janelas. Não vejo muito, mas parecem ter porta retratos perto da TV e muitas coisas bagunçadas no sofá.

— São aqueles ali que vamos quebrar hoje? – Aponto pro móvel. Ele tira o rosto da abertura que fez na minha roupa e olha pros porta retratos antes de soltar uma risada.

— São. De um por um – Continuamos titubeando pelo apartamento e no meio do caminho acho que derrubamos alguma coisa, porque tem um barulho de vidro se estilhaçando.

Ele morde a minha boca e minha blusa quaaaase fica aqui pelo chão mesmo. Só que aí...

Uma chave gira num trinco.

Não é a porta de entrada, mas é no corredor. A luz passa e...

— Zé?

Ué. Arregalo os olhos.

É tudo muito rápido e eu nem sequer entendo direito, mas ele abre a primeira porta e nos empurra pra dentro. Meu coração parece que vai sair pulando por aí e tudo gela e esquenta na mesma intensidade dentro de mim, mas mesmo assim fico quieta quando Zé faz um gesto me pedindo silêncio e bate a mão no interruptor, ligando a luz.

𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐒𝐔𝐀 | 𝐙𝐄 𝐑𝐀𝐅𝐀𝐄𝐋 | PAUSADA. Onde histórias criam vida. Descubra agora