You can't catch me now.
- Olivia RodrigoROSE
Eu estava esperando por Dominic em frente ao Hospital, encostada no meu carro, enquanto comia um sanduíche natural.
O dia hoje seria cheio, e apesar do que eu disse a ele, não foi tão fácil convencer o conselho a deixa-lo passar o dia inteiro não só fora do hospital, mas sozinho comigo. "Ele é uma ameaça" eles me alertaram.
Sinceramente? Eu sabia que Dominic não era inocente. Ele mesmo já dissera diversas coisas que demonstravam o quão culpado ele se sentia sobre o que aconteceu à irmã. Mas um assassino? Dominic estava longe disso.
Até então, minha hipótese sobre o que aconteceu era a seguinte: Alguém obrigou dominic a brigar com a irmã ou ela o atacou. Não acho que Caroline esteja morta - o tempo entre o momento em que o carro do tio passa pelo último semáforo e o momento em que a polícia chega não dão espaço para alguém esconder um corpo sozinho.
A primeira hipótese implica uma terceira, ou talvez até uma quarta, pessoa. A segunda, seria algum indicativo de que Caroline enlouqueceu e tentou atacar o irmão. Meus instintos pendem mais para a primeira opção, mas tudo deve ser contabilizado.
Por exemplo, se mais alguém estiver envolvido (o que eu tenho quase certeza que é o caso), meu palpite seria o pai. Nesse caso, faria sentido Dominic protege-lo. Mas por que um pai iria querer a própria filha morta? Por que Dominic aceitaria isso? Não fazia muito sentido.
Por isso, hoje eu passaria o dia tentando entender diversas divergências na vida de John Maxwell. Ele não era louco de verdade, então por que fingia que era? Quem fez o laudo falso dele? Por que ele passava tantas noites fora de casa? Para onde ele ia? Ele teve alguma ligação no desaparecimento da esposa, há 17 anos?
Meus pensamentos foram interrompidos por um Dominic alto, confiante e injustamente atraente.
Como o homem era bonito, meu Deus.
Ele usava óculos escuros - que não deveriam ser permitidos para pacientes, mas ele com certeza flertou com alguém para conseguir -, uma camiseta lisa preta, justa nos braços, e uma calça azul escura sem um único vinco. Os tênis eram Ralph Lauren, brancos.
O estilo dele espelhava a personalidade: calmo, porém firme. Confiante, elegante e rico.
— Achei que tivesse pedido para você se vestir menos como você e mais como qualquer outro homem de 25 anos. - O cumprimentei, com uma acidez divertida.
Ele sorriu e tirou os óculos. Era a primeira vez que eu via os olhos dele na luz do sol, e o brilho triste característico ficava menos evidente ali. Ou talvez ele estivesse feliz por sair hoje. Eu não sabia ao certo, mas o verde era mais claro do que nos últimos quatro dias.
— Eu juro que tentei me vestir mal, doutora. Mas não consigo. O estilo corre nas minhas veias. - Ele disse, em um tom dramático. Eu ri e dei a volta no carro, entrando do lado do motorista.
Entramos no carro e ele colocou o cinto, alisando as coxas grandes e aparentemente musculosas que eu não estava reparando.
— Mas então, para onde vamos? Eu tenho quantas horas de liberdade hoje? - ele me perguntou, e sua voz soava um pouco receosa. Eu não sabia se era porque pensava que iríamos ver o pai dele, ou porque não queria voltar tão cedo para o hospital.
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Making You Know
RomanceDia 11 de Abril de 2020, Dominic Maxwell recebeu seu veredito. Culpado de matar a irmã, ele foi considerado, pela Federação Nacional de Psiquiatria, mentalmente instável, portando síndrome de Boderline, bipolaridade e alguns outros diagnósticos. Co...