Capítulo 4.

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Jimin deitou a cabeça no colo da abuelita, enquanto a senhora fazia um delicado carinho na cabeça do ômega, cantando para ele uma canção típica, é a canção que ela sempre cantava ao neto para fazê-lo dormir e acalmá-lo, isso desde que ele era apenas um bebê de meses.

Inevitavelmente, os olhos de Jimin estavam marejados de lágrimas nostálgicas.

Esperando.

Esperándote. — Jimin completou a música.

A veces yo jugaba con las olas, se preguntaba, "¿Pa' dónde se fue?"... Mientras me bailaban las pestañas, se me iban subiendo las arañas, — Pegou o dedinho minúsculo do neto, o fazendo rir. — Con el dedito tapaba el sol, mientras se me ahogaba el corazón...

— Como primavera entrecortá'...

Jimin estava determinado a passar o tempo que lhe restava com ela. Iniciará o atual trabalho em breve.

O ômega fez de tudo para que ela se adaptasse ao novo ambiente, não queria que ela sentisse que o querido neto estava a abandonando, ou algo do tipo, pois a doce velhinha era o motivo de ele continuar lutando arduamente todos os dias, esta velhinha salvou a vida de Jimin incontáveis vezes, retribuir é obrigação e gratidão.

O ômega pegou mais da metade do dinheiro que recebeu da indenização e o último salário do restaurante para conseguir colocar a abuelita em uma boa casa de repouso, foi tudo tão rápido, de início a beta não entendeu nada, no entanto, confiou no neto.

O lugar é bonito e havia muitas flores, atividades, senhoras e senhores simpáticos interagindo aos cantos.

A estadia da dona Rosália é integral e permanente, porém, Jimin não quer deixá-la nesse lugar por muito tempo, o ômega só precisa se estabilizar melhor, ter uma condição financeira digna de uma vida tranquila em um bom bairro e uma boa casa, para que a abuelita pudesse viver o resto de seus dias mais feliz e saudável.

Na casa antiga em que deixou para atrás na primeira oportunidade, fica em um bairro perigoso, é pequena demais, não havia um bom sinal da televisão que a velinha tanto gostava de assistir, sem dúvidas Jimin faz tudo por ela, e vice-versa.

Abuelita... — Ele sussurrou sem jeito, interrompendo a canção.

— O quê foi, pollito mio? Por que essas bochechas estão rosadas? — Passou a ponta do dedo enrugado de leve na bochecha rosada e quentinha do neto, Jimin sorriu suavemente, olhando para cima. — E esse olhar travesso, hein? A abuelita bem conhece.

— Eu conheci um alfa antes de ontem. — Jimin confessou, todo envergonhado.

Pollito! — A senhora exclamou, deixando amostra seu sorriso banguela e contente. — E como foi? Conte tudo, esta abuela sempre imaginou quando pollito tivesse idade para se apaixonar, e os conselhos que esta abuela poderia lhe dar.

Jimin suspirou sonhador, deitando-se novamente e fechando os olhos, começou a desenhar corações com a ponta do dedo na saia da abuela.

— Ele tem uma aparência avassaladora, é cheiroso, as mãos são macias e quentinhas. — E a melhor parte é o rio de dinheiro que vem de brinde com todo esse monumento de homem. — Este alfa parece ter saído de um sonho dourado, um conto bonito de se escutar. — Meu tesouro no final do arco-íris.

— E ele olhou para você, mi amor? E como não olhar, não é mesmo? Mi netito é o ômega mais lindo desse mundo.

— Ele me olhou, abuela. — Contou radiante, lembrando-se dos vários minutos, em que foi observado pelo olhar escuro e brilhante do alfa.

Este ômega es malo!Onde histórias criam vida. Descubra agora