Sangue vampiro

Prólogo

➵ 2014 | Brasil

- 47...48...49...50! Lá vou eu! - Corro em direção ao armário cinza que ficava no fundo da cozinha, abro todas as portas desesperadamente em busca de encontrar alguém. Não havia ninguém, corro pela casa tentando achar ela.

Já fazia muito tempo que eu estava procurando minha irmã, estava ficando cansada e prestes a desistir de procurá-la. Mas então vejo um pedaço de pano quase que imperceptível em baixo da porta do guarda-roupa.

- Te achei! Pensou que iria se esconder de mim? - indaguei-lhe mas não obtive respostas, então resolvo finalmente abrir a porta e oque vejo me assusta profundamente.

Ela estava ensanguentada.

Toda coberta de sangue, e ao seu lado havia uma faca com o mesmo líquido vermelho.

- Mãe, pai!! - Começo a gritar freneticamente, eu estava desesperada. Assustada. - Socorro, Mãe, Pai!

Vejo a porta que estava encostada ser aberta bruscamente. Vejo meu pai, que quando percebe corre em nossa direção, logo depois minha mãe entra.

- O que aconteceu? Me fala Neera, oque houve? - Meu pai grita chorando

Nunca imaginei vê-lo chorar, nunca imaginei vê minha irmã nessa situação.

- Eu não sei! Estávamos brincando de esconde-esconde, procurei a Celine por todo canto mas não a encontrava. - Eu chorava em desespero, por que ela fez isso? - Até que vi um pedaço de pano em baixo da porta do guarda-roupa, abri e à encontrei ensanguentada! - continuo

- Ligue para a emergência, rápido! - ele fala e minha mãe sai correndo procurando o celular. - Droga, ela não respira!

Eu só sabia chorar...

***

"Sentimos muito em informar, mas... sua filha já está morta" foi isso que o socorrista falou a algumas horas atrás.

Minha irmã era uma ótima filha, excelente aluna, tinha ótimos conselhos e era quatro anos mais velha que eu.

Todos a amava, mas, eu sabia de sua situação. Assistia todos os dias ela se auto-mutilar. Eu chorava quando via ela naquele estado, ela me falava para não contar aos nossos pais. Dizia que era normal.

Ela tentava saciar sua dor com dor.

Não sei por que, e talvez nunca saberei o porquê disso. Agora, sentada em frente ao seu caixão, eu chorava incontrolavelmente.

Era algo deplorável.

Eu não podia fazer nada. É isso era o pior.

Tudo era muito deplorável.