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➵ Brasil, 18/01/2023

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Brasil, 18/01/2023

Acordo com uma dor de cabeça insuportável, pego meu celular, a tela marca 6:00 da manhã. Me levanto e vou em direção ao banheiro escovar os dentes e tomar um banho gelado.

Termino de banhar e saiu do box pegando duas toalhas, uma enrolo no corpo e a outra no cabelo. Vou em direção ao meu closet, onde pego minhas roupas de sempre. Uma calça legging preta, a blusa do uniforme e meu tênis branco.

Vou até minha penteadeira e começo a fazer uma maquiagem básica só para esconder a cara de sono. Passo corretivo nas olheiras, uma máscara de cílios e por último um gloss nos lábios. Olho no meu celular novamente e já eram 06:46, e então me apresso para não me atrasar logo no primeiro dia de aula.

Pego minha mochila, e desço as escadas para o café da manhã. Vejo Luzia terminando de por a mesa. Quando a mesma nota minha presença dá um sorriso sem mostra os dentes.

- Bom dia! - digo sentindo o aroma delicioso de café no ar.

- Bom dia querida, vejo que está animada para seu primeiro dia de aula. - diz olhando para mim.

- Ah, um pouco... - estou um pouco ansiosa confesso, mas é sempre a mesma coisa - Na verdade já me acostumei, e talvez esse ano não tenho muitos novatos, igual ano passado.

- Sei como é, já fui jovem, por mais que tenha sido a anos! - Fala em tom irónico que me faz sorrir- mas agora você precisa comer, venha sente-se, preparei várias coisas deliciosas que você ama!

Sorriu e passo por ela, me sentando em uma cadeira e colocando minha mochila em outra. A mesa está repleta de coisas aparentemente deliciosas, oque de certa forma acho um pouco de desperdício.

- Sente-se, vamos comer. - Pego uma fatia de pão e coloco presunto e mussarela.

- Não estou com fome, depois eu como.

- Eu conheço quando você mente, venha sente-se e vamos comer.

Ela fica parada por um tempo, mas logo puxa uma cadeira e senta na minha frente.

Luzia trabalhava para nossa familia a muito tempo, sendo sincera, dês dos meus 2 anos de vida. No início ela era minha babá, meus pais sempre foram muito ocupados com o trabalho, então resolveram contratar alguém para cuidar de mim. Mas ao longo dos anos eu já conseguia me cuidar sozinha. Meus pais haviam decidido que iriam dispensá-la, mas como sempre tive um carinho enorme por ela, e sábia que tinha 3 filhos para criar e esse era seu único emprego, acabei convencendo eles a não demiti-lá.

Me levanto da mesa e dou um abraço em Luzia me despedindo. Hoje resolvi ir apé já que a escola fica a cerca de 3 quarteirões da minha casa.

Me chamo Neera Lopez e tenho 17 anos, estou no terceiro ano do ensino médio. Não tenho muitos amigos, não por motivo específico. Mas eu tenho a Amelie, somos amigas dês do fundamental. Ela é uma ruiva dos olhos cor verdes, alta e um tanto quanto extrovertida. Me considero inteligente, tenho 1,61 de altura, amo animas, tanto que tenho duas gatinhas, eu queria mais um machinho, porém meus pais acharam que duas já era o suficiente. Meus cabelos são castanhos, pele clara e olhos cor âmbar.

Chego na escola e todos já estavam entrando, vejo Amelie que quando me nota vem correndo me abraçar.

- Amiga, eu tava morrendo de saudades! - diz me apertando mais ainda. - seus olhos brilham.

- Eu também, não aguentava mais ficar longe de você! - falo o óbvio, até porquê, quem conhece a gente sabe que nunca desgrudamos.

- Eu tenho tantas novidades para te contar que você nem imagina.- diz me puxando para dentro da escola.

- Quero saber de tudo, pode ir me contando. - olho para ela sorrindo, seu passatempo favorito é fofocar sobre a vida dos outros, e eu amo, assim me mantenho informada sobre a minha volta.

Chegamos na sala e já estava lotada, fomos para as últimas cadeiras e começamos a falar sobre nossas férias.

***

10:20 am

Agora estávamos sentadas no refeitório comendo. Até agora só tivemos uma aula, alguns dos professores faltaram e tivemos duas aulas vagas.

- Nem te conta. - ela quebra o silêncio. - adivinha quem ta grávida!

- Quem?- Pergunto curiosamente.

- Era para adivinhar! - Revira os olhos. - A Júlia do 3° C.

- Aquela menina que caçava confusão comigo à toa no fundamental?- Falo lembrando dela, não era nada de se surpreender ela estar grávida, andava dando para os professores em troca de nota e para qualquer garoto que lhe desse o mínimo de atenção.

-Essa mesmo! Ta grávida de 5 semanas acredita?- Diz sussurrando a última parte quando percebeu que a Julia passou atrás dela.

- Você sabe quem é o pai do bebê?- Eu estou muito curiosa, o pai da criança poderia ser alguém que eu conhecia ou quem sabe algum professor.

- Ninguém tem certeza ainda, mais as pessoas estão suspeitando que possa ser o Gabriel ou do Luan do 3° A.

Conversamos bastante até o sinal tocar e todos voltar para a sala. Agora era aula de física, e eu não estava nem um pouco animada. Posso até ser esforçada, mais ninguém merece física logo no primeiro dia de aula!

Me sento em minha cadeira e vejo alguns garotos novos entrarem e se sentarem, eu não tinha visto eles, deve ser porque a conversa com Amelie estava boa ao ponto de eu não reparar ao meu redor. Logo o professor entra e começa a dar sua aula.

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11:48

Agora estou aqui, indo em direção a minha casa. Coloco meu fone de ouvindo com minha playlist de músicas preferidas. Uma coisa que amo é ouvir músicas, quando eu era mais nova, tinha o sonho de ser cantora, só que por mais que eu amasse cantar, eu não sabia, e tinha muita vergonha de ser o centro das atrações.

Logo começo a tocar "My Love Mine All Mine" da Mitski e eu me perco em pensamentos.

"Cause my love is mine, all mine
I love, my, my, mine
Nothing in the world belongs to me
But my love, mine, all mine, all mine..."

Nem percebo quando chego em casa, passo pela porta distraída e quando levanto meu olhar vejo meu pai junto com minha mãe.

- Não sabia que havia chegado de viagem. - Meu pai, Sr. Otávio, estava ali sentado no sofá conversando com minha mãe, Sra. Eliza.

- Oi minha pequena, cheguei essa manhã, esqueci de te avisar. - ele sorri mostrando os dentes para mim. - Como você está?

- Ah sim, estou bem. Oi mãe!- digo e escuto ela murmurar um "oi".- minha mãe era um pouco ausente depois da morte de Celine, não me entenda mal, eu gosto muito dela, ela apenas é distante as vezes...

- Mas e ai, como foi a viagem?- falo me sentando no sofá ao seu lado.  Amo ouvir suas histórias de vida e como conseguiu crescer o negócio da família do zero.

- Normal, como sempre. Inclusive seu tio mandou presentes, já que ele não podera comparecer ao seu aniversário. - fico muito alegre em saber, amo presentes. - Mas ele avisou que só devera abrir no dia da festa.

Meu aniversário será daqui duas semanas, eu estou muito ansiosa para completar meus 18 anos. Já estou planejando uma festa gigante e cheia de bebidas.

Sangue vampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora