Amor incondicional

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 O relógio digital na escrivaninha marcava 05:17 da manhã, uma madrugada acordada, Billie estava devastada e entregue a suas lagrimas salgadas, tinha o mar nos olhos, o dia amanheceu triste como todos os seus dias, mas hoje parecia o pior, um dia nublado o céu estava escuro nuvens cinzas outras esbranquiçadas, esperava por um nascer do sol bonito, mas não foi aquilo que ela viu. Algumas lagrimas ainda saiam dos seus olhos inchados, ela alisava com delicadeza e mancha roxa na coxa esquerda e pensava em todo o ódio que estava sentindo no momento.

Perdeu os melhores anos da sua vida naquela casa, logo se tornaria uma mulher adulta, apesar do namoro ainda se sentia sozinha por dentro, nem todo o dinheiro do pai comprava sua felicidade, nem sua obediência faria sua mãe a amar de verdade, nem o amor do irmão foi forte o suficiente, mas nem o amor deles compraria sua liberdade, ou compraria?

Estava sempre presa a alguém, quando se olhava no espelho era como ver um espectro acorrentado como uma alma presa em seus pecados, ela estava presa a seus traumas. Andava derramando lagrimas, pediu a Deus todos os dias para que curasse duas dores e fizesse forte suficiente para aguentar tudo aquilo, mas estava ali se acabando em lagrimas, fraca e pensando quando seu sofrimento chegaria ao fim. 

Fato é que apesar da tristeza e ódio momentâneo, ela não suportaria não amar mais sua mãe, ela machucou a própria filha, mas pareceu amor verdadeiro, a forma que a mulher demonstrava amor, Billie não podia fazer nada nem com toda obediência do mundo ou amá-la nunca seria suficiente para a mulher demonstrar amor e carinho pela filha. Mas ela amava a mãe incondicionalmente, para sempre.  

O ar gelado balançava seus fios loiros fazendo despertar dos devaneios diários, se levantou para tomar seu banho.  

Por outro lado a garota de cabelos de cobre passeava pelo jardim com os coelhos na verdade Bolão estava parado roendo uma lasca de madeira e Lily corria atrás de Pancho Delta, ainda estava de pijama, a brisa fria arrepiava cada pelo do seu corpo os coelhos apesar de não poderem ficar naquele frio logo de manhã eles precisavam sair daquele quarto principalmente da gaiola, antes da chuva começar pegou os dois bichos e correu para dentro de casa onde encontrou seus pais tomando café.

— ainda está de pijama? —  seu pai perguntou e eu concordei subindo com os bichos, deixei a gaiola dentro do quarto e fechei a varanda as gotas de água molhavam o vidro mais tarde a varanda ia esta uma sujeira. 

Entrou para o banheiro acabou não lavando o cabelo, então logo já estava vestida com uma regata branca e uma calça pantalonada clara e um tênis branco de plataforma seus cabelos ainda estavam presos decidiu não mexer, ou ficaria muito armado.

Ela e o irmão foram juntos de carro, a chuva deixava o dia mais preguiçoso, como queria está na sua cama enrolada assistindo alguma coisa ou dormindo.

— Lili vou voltar com você hoje!

— claro, claro — disse simplesmente, entrou correndo com o garoto e os dois se separaram e Lilian foi em busca dos amigos que por sorte estavam juntos  sentados no chão na frente dos armários ambos se acabando de tanto rir

— do que estão rindo? — sentou ao lado de Victoria deitando a cabeça no ombro da loira

— da gente na oitava serie, nossa vocês duas estão tão grudentas esses dias — Calebe revirou os olhos

— Vai se candidatar a adubo de São Paulo Calebe — Lilian mostrou o dedo do meio para o amigo que revisou os olhos 

— te foder, inclusive estava esperando pra falar com as duas Anne quer sair com todo mundo tipo sábado 

— sábado eu vou cuidar de um pentelho — Victoria se prontificou a dizer

— leva junto dá um pirulito e essa criança fica quieta — Calebe deu de ombros

The Red Stamp - Obsession (Billie Eilish)Onde histórias criam vida. Descubra agora