KARLENA - Um Milagre De Natal

Capítulo 12

"Onde está sua amiga?" Allura perguntou quando Kara desceu para tomar café na manhã seguinte.

"Ela se foi. Chamei um táxi para ela", Kara sentou-se.

"Ela não usou nenhum dos quartos de hóspedes."

"Realmente?" Kara zombou.

"Só estou dizendo... vocês vão voltar?"

"Não. Ela estava com medo e... isso não importa."

Allura olhou longamente para a filha e finalmente começou a comer.

"Ah, a propósito, Lex está na cidade. Ele está de visita e Lena me convidou para jantar com eles."

"Ele está de volta?" Kara franziu a testa. "E ela convidou apenas você para jantar com eles."

"Ela convidou à família, isso inclui você. Mas se você não quiser vir..."

"Não, não, ah, eu estarei lá. Não sentirei falta de ver Lex. Quanto tempo ele vai ficar?"

"Só por hoje. Queria colocar algumas coisas em ordem."

"E o que ele pode resolver em apenas um dia?" Kara perguntou enquanto cortava sua omelete.

"Dando indicações para Lena."

"Isso vai ser interessante", Kara sorriu. "Ainda temos um alfaiate?"

"Claro!"

"E você poderia pedir a ele para me comprar um terno e ajustá-lo ao meu tamanho? Fazer um do zero não parece viável no momento."

"Veremos o que podemos fazer", ela sorriu e Kara sorriu de volta para ela.

Ele tinha deixado crescer um bigode com os cantos descendo até o queixo e tinha raspado a cabeça. Ele pulava toda vez que seus lábios se moviam e Lena não conseguia parar de olhar para ele. Lex estava contando a ela e a James suas últimas aventuras nas Bahamas, gesticulando com entusiasmo enquanto andava pela sala enquanto sua irmã olhava o relógio.

"Você tem algum lugar para estar, irmã?" Perguntou Lex.

"Na verdade, eu faço." Ela se levantou e colocou a xícara de café na mesa. "Mas eu também gostaria de entender por que você está aqui. E... o que é essa coisa na sua cara?"

"Oh, eu deixei crescer isso para não ser tão facilmente reconhecível. E estou aqui para ajudá-la. Saí de repente e entendo que seja difícil para você assumir todas as minhas funções."

"Certo. E como você planeja me ajudar?"

"Pergunte-me o que quiser, mas não posso ir com você às suas reuniões, realmente não quero que as pessoas saibam que estou aqui. Na verdade, foi James quem insistiu que eu também deveria pensar em você e no meu povo."

"Meu povo. Você está prestes a abdicar. Diga-me, para começar, por que você estava planejando construir uma sala de concertos em um terreno repleto de riachos subterrâneos? O solo é extremamente lamacento e a segurança do edifício custaria alguns milhões de euros. Mas você já pagou o plano, que também não foi barato, e agora não sei o que fazer. Construí-lo ou encontrar outro lugar? Depois tem o problema de aumentar os salários dos professores, você prometeu isso, mas a nossa economia caiu e não temos orçamento para isso. Como posso explicar a eles que não posso cumprir sua promessa? E...", ela parou. "Você sabe o que? Irei às minhas reuniões e enviarei uma mensagem para você com todas as minhas perguntas e poderemos discutir quando eu voltar."

"Construa a sala de concertos. Como um legado para mim. As pessoas verão que ainda somos próximos e amarão você tanto quanto me amam."

Lena olhou para ele sem piscar, enquanto James fingia verificar seu telefone para escapar da tensão que aumentava na sala.