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Acordei com barulhos de panela, abri meus olhos na força do ódio, me arrependi de não ter levantado ainda. Minha mãe estava na porta do meu quarto, de braços cruzados e com uma cara irritada.
─ Já acordei. ─ dei um pulo da cama, levantei os braços pra cima tentando a convencer.
─ Vai tomar banho, quero você lá na cozinha daqui a pouco. ─ saiu do quarto quase levando o chão junto.
Procurei minha camisa e minha saia da escola, fui correndo para o banheiro, mas não antes de pegar minha peça íntima.
Liguei o chuveiro e fiquei dando uns pulinhos, para ver se o frio passava. Lavei meu cabelo rapidamente, antes a minha mãe invadir o banheiro e jogar a panela na minha cabeça.
Coloquei minha roupa íntima e Depois meu uniforme colegial, liguei o secador na tomada e seco meu cabelo, penteei ele, decidi deixar ele solto.
Meu cabelo não era muito liso, tava mais para ondulado, o cabelo preto combinava com a cor dos meus olhos azuis.
Desço as escadas rapidamente quase tropeçando, quando escutei o grito da minha mãe que se eu não descesse em cinco minutos a chinela iria voar.
Acho que ela pegou essa mania das mães brasileiras, meus pêsames para quem tem uma mãe que vive fazendo as chinelas voarem pela casa.
