Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma semana após o ocorrido, as coisas ficaram chatas e entediantes.
Para tentar descontrair um pouco, fui até um cafeteria perto de casa. Ao entrar no local, pude perceber as paredes de tons rosas e brancos. O chão limpo e brilhante, e o atendimento super amigável para os clientes.
Me sentei em uma mesa mais afastada, uma garçonete veio me atender com um sorriso estampado em seu rosto.
─ Boa tarde, o que deseja? ─ sorriu ao tirar um bloquinho de pedidos do bolso de seu uniforme.
─ Um café expresso e uma torta de limão ─ percorro meu olhar pelo cardápio, vendo o que eles vendem.
─ Tudo bem, daqui a pouco trago o seu pedido ─ foi até o balcão.
Guio meu olhar até a janela, vendo os carros passarem pela estrada um pouco úmida da chuva recente. Os pingos de água caindo do telhado, deslizando pela árvore até finalmente cair no chão, fazendo formar pequenas poças.
O baruto da cadeira arrastando no piso, me fez tirar a concentração da janela, para o olhar pra frente.
Ao avistar o garoto charmoso da Biblioteca, querendo ou não eu fiquei surpresa ao ver aqui na cafeteria, e mais ainda ao ver ele sentado na minha frente.
─ Posso ajudar em algo? ─ tento dissipar o silêncio constrangedor no qual estava.
─ Poderia me dizer seu nome, senhorita? ─ foi sincero e educado.
─ Oh, que falta de educação a minha. ─ murmuro ─ Me chamo Emma Kanae, mas pode me chamar de Emma.
─ Certo senhorita Emma, poderia me sentar nesta cadeira? ─ guiou seus olhos até o acento em minha frente.
Concordei com um leve aceno de cabeça, ao ver ele se sentar acabei me desconectando da realidade.
Seu cabelo azul escuro puxado para o preto movia-se contra o vento, os olhos opacos entreabertos enquanto olhava os carros se dirigirem pela estrada úmida. Os lábios rosados ao suspirar faziam que o ar gelado saisse por eles.
─ Aqui está senhora! ─ a garçonete disse ao me tirar dos meus pensamentos.
─ Obrigada. ─ digo com minha mente ainda longe.
─ E você senhor, deseja algo? ─ enquanto ela falava, me perguntava se isso era minha mente pregando alguma peça em mim.