capítulo 2| tribunal da inquisição

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Os guardas destrancam a porta da sela, suas mãos agarram os meus braços em um aperto forte e dolorido

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Os guardas destrancam a porta da sela, suas mãos agarram os meus braços em um aperto forte e dolorido. Eles me arrastam pelas ruas da cidade quase que em uma marcha organizada, as pessoas juntam e suas vozes irritantes se unem a do missionário que entoa orações uma atrás da outra.

Passamos por uma estrada estreita, cercada pela extensa floresta. Assim que a rua termina vejo o palco na praça. Pierre e o padre John esperam um ao lado do outro.

Subo as escadas com o olhar firme, queixo erguido e coluna reta, estou apavorada, mas ninguém além de mim precisa saber disso.

— Laila Almgreen Santoro — Pierre dá um passo a frente me encarando com desgosto — você é acusada de cometer o crime de feitiçaria, heresia e blasfêmia.

— Isso é mentira! Eu...

— Calada! — ele me interrompe — como ia dizendo, além de seu contato frequente com as bruxas que tive o prazer de queimar. Então com o poder investido a mim pela santa igreja católica e pelo tribunal do Santo Ofício, eu lhe condeno Laila Almgreen Santoro a ser queimada viva como punição por seus crimes. Montem a fogueira!

Eu ia morrer, mordi meu lábio com força sentido o sabor metálico do sangue.
Os guardas agarram meus braços mais uma vez e começam a me levar pelo mesmo caminho que me trouxe até aqui, a multidão nos segue pelo chão arenoso daquela estrada estreita. Tinha que fugir, era agora ou nunca, íamos passar pela floresta e eu tinha que correr.

Me joguei no chão em uma queda forçada, o aperto dos sentinelas se afrouxou, eu agarrei um punhado de terra em cada mão e quando eles abaixam para me levantar atirei a poeira em seus olhos. Levantei-me rapidamente, começando a correr enquanto meus carcereiros recuperavam a visão. 

Perante as trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora