O encontro, afinal
Seguindo pelo caminho pelos arredores da escola, fui até o campo de futebol onde acontecem os treinos do time que Felipe participava.
Ao visualizar ele conversando com o pessoal, observei que já havia terminado. Fiquei parada um tempo sentindo uma pontada no peito. Mas coloquei na cabeça que era apenas seu amigo ali, o melhor amigo, não tinha por que ficar assim.
Me aproximando de todos, um dos jogadores gritou pelo meu nome.
— Oi, Mari, o que tá fazendo aqui?
Nesse instante meu ex se virou olhando para mim, com um sorriso, tendo a certeza que eu estava ali por ele, olhei para ele e gritei em resposta ao outro.
— Vim encontrar o Felipe. — E girei o corpo na direção do meu amigo.
Eu não tinha intenção de fazer ciúme, mas aquela sensação era boa demais.
Chegando mais perto dos rapazes, inclusive de Felipe, o garoto coloca o braço em volta dos meus ombros, sorrindo para mim.
— Pronta? — Pergunta ele.
— Sempre.
Ele ri. Nos despedimos de todos e fomos embora.
— Onde estamos indo, afinal? — Enquanto caminhávamos pela saída da escola.
— Pensei em tomar um sorvete, quer?
— Eu acabei de tomar com minha mãe. — Dou uma risada.
Felipe faz uma careta.
— Mas pode ser um sorvete de pistache. — Digo.
— Obviamente o sorvete de pistache. — Ele debocha de mim.
Dou um beliscão no braço dele.
— Ai.
— Bem feito por debochar.
E nós dois rimos.
Chegamos na sorveteria e pedimos o sorvete, durante a espera eu falei:
— Então, o que gostaria de falar comigo?
Ele franzi o cenho dando de ombros.
— Nada demais.
— Como assim "Nada demais"? Felipeeeee?
— Mari???
Nesse meio tempo chega nosso sorvete gigante de pistache, meu favorito.
Pego a colher com um pouco e levo a boca.
— Hmmmm
Felipe ri da minha cara que acabei de sujar.
— Você parece uma criança comendo sorvete, Mariana.
Ele pega um guardanapo ficando de pé para dar a volta à mesa e ao sentar do meu lado leva o papel que tinha nas mãos no meu rosto para limpar.
Sinto meu coração acelerar quando ele toca na minha pele. E notei que ele para um pouco, tira a mão sentando com o corpo para frente.
— Mari... — Felipe respira fundo. — Vou ser direto, tá? Não aguento mais enrolar.
Fico preocupada.
— Fala logo, Felipe Almeida. Aconteceu alguma coisa?
Ele me olha e ergue a mão colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Fecho meus olhos brevemente.
— Eu... estou apaixonado por você desde que éramos crianças.
Chego a engasgar. E ele pego eu mesma o guardanapo.
— Felipe... eu não sei o que dizer. — Declaro.
— Não precisa dizer nada agora — Ele baixa os olhos fixos na mesa.
Levo minha mão até o rosto dele virando para mim.
— Vamos caminhar e daí tento dizer algo, acho que preciso de ar. — Rio e ele também.
— Claro, vai indo lá fora que só vou pagar os nossos sorvetes no caixa.
Assinto e sigo na direção da porta de saída, e fico esperando por lá, angustiada, com aquele frio na barriga tentando entender a situação.
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Me concede a última dança?
Historia CortaMariana estava arrasada com o término do seu namoro com Bernardo. Ela só conseguia contar com o apoio do seu melhor amigo Felipe, que estava sempre ao seu lado. Ele fazia de tudo para animá-la e distraí-la. Aos poucos, Mariana foi percebendo que sen...