Olhei, Apaixonei.

Lago Wendigo.

Travis não estava na escola, era algo diferente. Ele estava matando aula desta vez, num lago perto da escola, chamado "Lago Wendigo."

Travis apreciava a vista do lago. Ele suspirava, era cansaço. Ele não queria voltar para casa, ele só queria ficar dormindo. Travis olhava para o Sol radiente em cima do céu. Se perguntava.

"Como as coisas estão com Sal?" - Sal ainda estava doente, havia faltado mais três dias. Mas claro, estava de atestado.

Travis suspirou, lembrando que tinha que ir para a padaria comprar pão. Travis se levantou, pegando algum dinheiro no seu bolso, era o suficiente. Ele começou a andar para longe do lago, indo para uma padaria que ficava próximo dos Apartamentos Addson, passando lá, pensou.

"Vou comprar pão e trazer um pouco para Sal." - Pensou levemente, suspirando, parecendo pensar no que poderia estar acontecendo.

Travis continuou andando, até perceber um carro cinza; pensou que era do seu pai. Kenneth não sabia que Travis estava matando aula. Travis se jogou em um dos arbustos, se escondendo. Alarme falso, não era seu pai.

Travis suspirou mais uma vez, se levantando do arbusto, ele então acelerou seus passos até a padaria, onde tinha uma pequena fila já. Travis entrou na fila, esperando e esperando, vendo algumas crianças dando estrelinha no chão, uma garota mais velha, que parecia ter dez anos e o garoto mais novo que parecia ter sete anos.

Travis esperava, pensando em Sal. Travis não parava de pensar em Sal, esse garoto não saia de sua cabeça! Era estranho o fato de Travis ter parado com o bullying.

Travis então chegou a ser atendido. Travis pediu pão de queijo, e o troco do dinheiro gastou tudo em bala de morango. Era isso que seu pai havia pedido? Não, mas Travis comprou? Sim.

Saindo da padaria, Travis acelerou ainda mais seus passos, começando a correr para os apartamentos Addson. Ele conseguiu chegar lá, suado e ofegante; era sedentário.

Travis chegou ao elevador, colocando as sacolas no chão metálico. Travis discou o número do andar onde Sal ficava; o elevador apitou levemente, fazendo com o que as portas metálicas se fechassem. Travis esperava pacientemente, seria a segunda vez na "casa" de Sal.

Se passou alguns minutos, e Travis chegou ao andar. Estava tentando se lembrar qual era a "casa" de Sal, olhando pelas portas levemente, lembrou-se onde Sal morava. Travis se aproximou, dando leve batidinhas. Era tímido.

Travis deu mais algumas batidas, até que um homem alto, com cabelos azuis bagunçados e barba azul abriu a porta. Seus olhos eram de quem não havia dormido e estava cansado.

— Sim? - Sua voz também era grossa mas parecia ser gentil, ele disse murmurando.

— Eehh.. Eu sou um dos amig- colegas de seu filho.. posso entrar? - Travis disse gaguejando, talvez tímido. Ele nunca tinha visto o pai de Sal.

— Qual o nome do meu filho? - Perguntou o homem, arqueando a sobrancelha, parecendo duvidar do rapaz loiro.

— Sal Fisher, mas chamam ele de Sally Face.. Bom, na maior parte do tempo. - Travis disse, desviando o olhar e engolindo seco, não sabendo a resposta que o homem lhe dará.

— Pode entrar. - O homem diz, vendo Travis assentir. Ele deu um espaço para Travis entrar, ele entrando nervoso, segurando as sacolas.

Ele chegou ao quarto de Sal, e sem dar batidas ou perguntar, Travis entrou no quarto de Sal com as sacolas.

— Ei Sally- Travis deixou as sacolas cair no chão, ao ver Larry com Sal. Sal estava com um pano na cabeça, seu cabelo escondendo seu rosto, Larry estava perto dele, sentado na cama enquanto segurava a mão de Sal. Ambos olharam para Travis, Larry e Sal ficaram confusos ao mesmo tempo que arregalaram os olhos. Travis suou, pegando a sacola com pão de queijo, deixando a sacola cheia de bala ali, ele fechou a porta lentamente, saindo correndo.

— Ei filho, não quer tomar um café? - O pai de Sal diz, olhando para Travis. O pai de Sal chamava geral de "filho" ou "filha", não importava quem fosse.

— N-Não.. Ehh.. Quer pão de queijo? - Ofereceu.

— Não, obrigado. - Com isso, Travis saiu correndo em disparada, ouvindo um "Ei, Travis!", Travis não olhou para trás, rapidamente discando o último número, até as portas metálicas se fecharem. Travis suspirou. Não tinha mais coragem de olhar para Larry e nem para Sal, tinha medo de ambos terem achado que Travis havia invadido o apartamento de Sal.

As portas metálicas de abriram, Travis correndo em disparada, voltando para o Lago Wendigo, esbarrando no chão e caindo na lama, ficando sujo. Ele suspirou pesadamente, sua mente estava igual um furacão! Até que ele viu os adolescentes e crianças saírem da escola, dando o sinal que a aula havia acabado. Travis rapidamente foi correndo para casa.

Ele suava e ficou ofegante, correndo e correndo, como se sua vida dependesse disso. E dependia.

Travis correu mais quatro quarteirões, até chegar todo suado (vermelho), ofegante e cabelos bagunçados, ainda cheio de lama. Era pegajoso e nojento, e ainda cheirava a mal! O que fazia Travis ter náuseas.

Ele abriu a porta de casa, se deparando com seu pai.

— O que aconteceu com você? - Perguntou seu pai, Kenneth, arqueando uma sobrancelha.

— Isso não importa.. Aqui tá teu pão. - Travis entregou a sacola, a expressão dele mudou para algo mais rigoroso.

— Isso é pão de queijo, e não pão de forma! - Kenneth diz, sua voz sendo grossa. — E cadê o troco do dinheiro que EU te dei?! - Ele deu ênfase no "Eu".

— Merda.. - Travis revirou os olhos, lembrando que comprou pão de queijo e rastou todo o troco do dinheiro em bala. Seu pai iria o matar.