𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐋𝐎𝐕𝐄, 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑 - hinny

capítulo oito

[HARRY POTTER]

Estava indo em direção ao vestiário quando percebo que esqueci meu celular na pista.

Estou ficando cada vez mais distraído esses dias. É isso que dá ficar pensando na Gina.
Mas eu não posso fazer nada. É a minha mente que fica me lembrando dela o tempo todo. Eu não tenho culpa!

Encontro Gina sentada em uma das cadeiras na arquibancada. Ela estava... Chorando?

- Gina? - me aproximo dela - Você está...

Ela rapidamente seca o rosto com as mãos e evita meu olhar.

- Nada. Não foi nada.

Me sento ao seu lado e a encaro.

- Lembra do que eu te disse? Se você estiver mal, eu também vou estar - falo, e ela finalmente me olha - O que aconteceu?

- Eu... Só estou cansada. E morrendo de dor nos pés.

Eu sabia que era mentira. Gina não olha nos olhos da pessoa que esta conversando quando mente.

- Tudo bem se não quiser falar.

Ficamos os dois calados, encarando a pista vazia.

- Não precisa ficar aqui. Vai pra casa.

- Eu quero ficar - respondo, e ela respira profundamente. De repente ouço ela soluçar, e vejo as lágrimas caírem sem parar sobre o seu rosto.

Sinto meu coração se despedaçar em mais de mil pedaços quando ela chora. A única coisa que eu quero naquele momento é acabar com sua dor, seja qual for ela.

A puxo para meus braços e Gina me abraça com força. Acaricio sua cabeça delicadamente até ela parar de soluçar.

Quando ela se afasta, limpo as lágrimas de seu rosto e acaricio sua bochecha.

- Sei que isso não é só cansaço - falo, e ela respira fundo - Mas não precisa me contar nada se não quiser. Só... Saiba que eu estou aqui. Pra qualquer coisa.

- Eu... Vi uma menininha chorando no vestiário. Ela contou que foi... Assediada pelo seu treinador - Gina fala com a voz trêmula, e eu a encaro. Na hora, entendo do que ela está falando. Ela não precisou me dizer mais nada.

- Gina, eu sinto muito.

Ela vem para meus braços novamente, e dessa vez sou eu quem a abraça com força.

- Sinto muito que isso tenha acontecido com você. Sinto muito mesmo - sussurro em seu ouvido.

Não faço ideia de quanto tempo passamos ali, abraçados, mas quando Gina se afasta de mim, meu corpo estranha a falta de seu calor.

- Bom, mas a parte da dor nos pés é verdade. Eu estou morrendo de dor.

Sorrio. Puxo uma de suas pernas e coloco seu pé apoiado em meu colo. Quando começo a desamarrar seus patins, ela me encara, sem entender nada.

- Vou fazer uma massagem no seus pés.

- Desde quando você sabe fazer massagem??

- Desde sempre, ué - dou de ombros enquanto tiro seus patins - Aproveite que estou bonzinho hoje. Agora relaxe.

Começo a massagear seus pés, quando Gina suspira.

- Meu Deus, isso é maravilhoso. Se eu te pagar, você faz isso em mim todos os dias?

- Depende. Sou muito caro. Você precisaria ser muito rica pra isso.

Ela sorri.

Toda vez que ela sorri eu me sinto que nem um sorvete debaixo do Sol. Parece que eu sou um adolescente de novo.