Yes or Yes - NAMO [ TWICE ]

No Problem

Nayeon dormia tranquilamente em seus braços e já era quase dia quando Momo se deu conta que não tinha dormido a noite toda.Sua cabeça estava doendo, os olhos ardendo e a posição era desconfortável, mas não queria se mexer para não acordar a mais velha. Momo sorriu ao observar a feição serena da coreana que dormia fazendo um biquinho naquele momento, e tudo era mais fofo pela franja caída em seu rosto.

Com a mão livre, arrumou os cabelos dela para vê-la melhor e sentiu seu peito doer com a visão completa. Nayeon era linda.Além de ter percebido na noite anterior o quão bom era tocá-la e estar perto, estava em dúvida do que realmente sentia. Só sabia que era bom.

Assim, bom booooom não era, mas era okay. Quer dizer, nem sempre era okay, como ontem.

Ontem tinha sido o estopim. Somi era uma descarada e já perguntado sobre Nayeon desde o ano passado, mas Momo não tinha dado ouvidos, ou melhor, nem se importava muito naquela época. Mas ontem... Ontem Somi a tirou do sério.

Momo se arrependia muito por ter perdido a cabeça daquela forma, e agora estava com medo de Nayeon achar que ela bateria em qualquer um.

Ughhhhh

Mais uma pontada em sua cabeça pelo estresse, e mais um suspiro cansado. O problema de pessoas ansiosas é entrar em um loop de autossabotagem e de culpa que não existe, e bem, Nayeon a deixava assim sempre.

Definitivamente não era um dia bom.

Seu coração acelerado desde a noite anterior, as mãos frias e trêmulas e a cabeça a 1000km/h só significava uma coisa: crise, e das feias.

Tomou um susto quando suspirou e fechou os olhos pela terceira vez em menos de três minutos, sentiu a mão de Nayeon tocar seu rosto. Sua sensibilidade ao toque estava no extremo, mas por incrível que pareça, assim que seus olhos tocaram o olhar sereno de Nayeon sobre si, seu coração não ficou tão maluco como estava antes. Ainda estava rápido, mas deveria estar mais pelo susto.

- Ei, não dormiu? - Nayeon começou baixinho - Tudo bem te tocar? - continuou.

Momo percebeu que segurava a respiração pelo toque, mas logo tentou relaxar e assentiu com a cabeça.

- Quer conversar? - Nayeon perguntou, em um tom preocupado, pediu para a alexa ligar a luz em um tom azul, e fez um carinho de leve na bochecha de Momo.

A japonesa se encolheu pela pergunta e suspirou, de novo.

- Estou ablublué da cabeça hoje, foi mal - Momo respondeu e praguejou em sua mente por ter soado ríspida, mas Nayeon não se abalou, só assentiu.

- Vou fazer um café pra gente - Nayeon continuou, e fez menção que iria se levantar. Momo sentiu o coração acelerar e a segurou em seu abraço.

- Eu não posso tomar café, unnie.

Nayeon riu, e desistiu de se levantar. Momo estava literalmente a prendendo em seu meio abraço.

- Café da manhã, Moguri. Eu sei que você não toma café, bobinha.

Momo riu pela gafe e suspirou.

- Certo, café da manhã sim, então - Momo balbuciou - Mas não é manhã agora, unnie.

- Bom, não vamos dormir de novo, então é café da madrugada.

Nayeon se levantou e Momo não quis fazer o mesmo. Se esparramou na cama e olhou para o teto, enquanto Nayeon fazia o café da manhã que não era da manhã e ela se jogava na loucura de sua cabeça.

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Momo estava de olhos fechados, tentando descansar, e sentiu a presença de Nayeon no quarto. Achou fofo por a menina estar se esforçando para não fazer barulho, então decidiu deixá-la mais confortável em seu próprio quarto.