Momo

589 66 48
                                        

Momo estava com sua mente a milhões de km/h. Por um lado, estava com muita raiva pois teria que adular Nayeon para encorajá-la a se declarar para a idiota de Yoo Jeongyeon, e isso significava aguentar toda aquela energia sufocante da mais velha. Mas por outro lado, se estivesse certa, além de tirar Jeongyeon do fundo do poço que estava devido aos últimos acontecimentos, iria depositar toda a responsabilidade de aguentar Nayeon na outra.

Se Nayeon namorasse Jeongyeon, além de fazer sua amiga esquecer e superar Myoui Mina, Nayeon poderia deixar Momo em paz, e quem sabe até mesmo trocar de dormitório com ela. Ganharia três vezes, porque além de tudo, Sana vivia no dormitório de Miyeon, então teria um espacinho praticamente só para ela.

Momo estava se sentindo um gênio com todo aquele plano, e ao mesmo tempo um pouco apreensiva. Por mais que Jeongyeon estivesse aguentando as pontas e fingindo que estava bem, Momo era a única que ouvia a amiga fungar em um choro baixinho debaixo das cobertas. Aliás, era notícia da faculdade inteira que Myoui Mina, a bailarina prodígio estava saindo com o músico Kim Jimin, irmão da melhor pianista da universidade, Kim Dahyun.

Era uma situaçãozinha bem de merda para as amigas Jeongmo. Momo não tinha superado totalmente Kim Dahyun e agora tinha que aguentar junto a Jeongyeon o irmão antipático da coreana que agora estava no caminho de namorar com Myoui Mina.

No seu caso, ela tinha sorte por Dahyun ser a melhor Kim. Além de talentosa, era engraçada e confiável - o que fazia a tarefa de supera-la ser quase impossível - mas já no caso de Jeongyeon, perder Mina para o principezinho engomadinho era quase humilhante. Não que Jimin fosse feio, muito pelo contrário, ele era um dos homens mais bonitos da faculdade, mas era um panaca completo, um total pé no saco.

Também tentou em não pensar naquele dia fatídico que tinha dado o braço a torcer para Im Nayeon. Era totalmente esquisito a mudança de comportamento da garota quando estavam às sós, totalmente diferente da garota barulhenta que era perto das outras meninas. 

Momo abriu o armário do banheiro e bufou quando viu que a pasta de dentes estavam nas últimas. Se lembrou que estava sem shampoo e o sabonete aberto era o último.

- Estamos sem produtos de limpeza! - Momo berrou do banheiro para uma Jeongyeon esparramada no sofá da pequena "sala".

- É minha vez de fazer compras? - a outra respondeu desinteressada e Momo franziu o cenho, preocupada.

Jeongyeon nunca era essa pessoa desleixada e despreocupada. Esse era o papel de Momo.

A japonesa mordeu os lábios hesitante e tomou coragem.

- Jeongs, estou preocupada! - Momo disse num tom carinhoso depois de sentar ao lado da outra.

Jeongyeon tomou mais um gole de sua cerveja e aumentou a TV, ignorando a existência da japonesa ali.

- É sério! Ainda nem são oito da manhã e você já está bebendo! - a japonesa reclamou e Jeongyeon a olhou entediada.

- Não estou bebendo, pabo - Jeongyeon mostrou a latinha que tinha escrito "cerveja sem álcool".

Momo soltou uma risadinha. Jeongyeon era a pessoa mais incrível e certinha do mundo.

- Coisa de hétero top ficar bebendo cerveja sem álcool! Imagina só aguentar esse gosto horrível e não ficar louca das ideias? - Momo implicou, fazendo com que Jeongyeon sorrisse fraco e empurrasse a outra pelos ombros.

- Desde quando gostar do gostinho da cerveja é coisa de hétero top? 

- Desde sempre, pangaré! Imagina só beber esse chernobyl por prazer? 

Jeongyeon riu baixinho com a idiotice da amiga e suspirou.

- O shampoo acabou - Momo relembrou e Jeongyeon revirou os olhos.

Yes or Yes - NAMO [  TWICE ]Onde histórias criam vida. Descubra agora