Capítulo 17

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Os próximos dias foram frustrantes, pra dizer o mínimo, eu passava a maior parte do tempo sozinho e sempre que via alguém e tentava conseguir algumas respostas eles diziam não ter tempo e sumiam de novo. A mansão tinha funcionários, muitos pra falar a verdade, mas nenhum deles parece saber de nada (ou fingem não saber). Eu só vejo Yuki e Akemi na faculdade praticamente, então também não da pra conversar com eles. Eu sei que eles sabem algo sobre a recente onda de assassinatos, mas ninguém me conta nada.

- O que gostaria para o jantar Sr. Nakamura? – pergunta Anabell, a governanta. É sexta-feira e a minha turma foi dispensada mais cedo hoje, mas só eu voltei pra casa.

Uma mulher simpática, apesar de séria e um tanto ríspida, é quem comanda todos os funcionários. Ela parece sempre saber de tudo o que acontece na mansão, mas não adianta tentar conseguir informações com ela, sua boca é um túmulo.

- Não tenho preferências, qualquer coisa que fizer está bom. E já disse que não precisa me chamar assim. Só Kazumi está bom.

- Falarei com o cozinheiro então, Sr. Nakamura – diz ela ignorando meu último comentário – precisa de mais alguma coisa?

- Sabe se alguém vai estar aqui para jantar? Sei que Yuki foi liberado no mesmo horário que eu, mas ele e Akemi pareciam estar ocupados...

- Todos tem estado bem ocupados ultimamente... Não sei dizer com certeza, mas imagino que ninguém vá estar em casa antes das 3.

- E você não sabe me dizer com o que eles estão tão ocupados?

- Não.

- Não sabe... Ou não quer? Qual é, eu sei que tem relação com as mortes recentes, por que ninguém me conta nada? Eu já sei o segredo de vocês, o que mais podem estar escondendo? – ela pensou por alguns segundos.

- Eu sugiro que discuta suas teorias com a Sra. Sato.

- Eu estou tentando, mas ela também não para em casa!

- Ora, mande mensagem para ela. Ela é sua amiga não é? Vai vir para casa mais cedo se você pedir corretamente. Não é pra isso que seu telefone serve? – ela saiu, dando a conversa por encerrada.

Me afundei no sofá completamente frustrado e fiquei lá até a hora do jantar, era macarrão e estava delicioso, mas não o suficiente pra diminuir meu mal humor. Esperei mais um pouco, mas quando deu 1 hora da manhã e ninguém havia voltado para casa, resolvi ir me deitar. Mandei mensagem pra Akemi perguntando se ela poderia voltar pra casa logo mas ela disse que não podia, então desisti de tudo e cai na cama.


\\// ponto de vista: desconhecido \\//

Olhei em volta novamente para ter certeza que estou sozinho. Quase todas as luzes da enorme mansão estão apagadas, exceto a luz do hall de entrada, também não há nenhum carro na garagem o que significa que eles ainda não voltaram, devem estar bem ocupados com as pistas falsas que tenho espalhado por aí.

Aqueles 3 vira-latas irritantes parecem estar dormindo, depois do meu tempo de vigília eu sei que eles não costumam acordar de madrugada. Lidar com aqueles saco de pulgas não seria problema, mas minha missão necessita de silêncio total.

Saio da segurança de meu esconderijo e me aproximo da casa a passos rápidos e silenciosos, ocultando minha presença nas sombras. Minhas patas deslizam pela grama tão suavemente que nem mesmo o mais forte dos alfas poderia me ouvir. Meu cheiro também não é um problema, tenho encobrido ele todo esse tempo, aqueles idiotas nem vão saber o que os atingiu.

Paro. Meu pelo todo arrepiado, meus instintos gritam que algo está errado. Ouço rosnados atrás de mim. Me viro em um salto e me deparo com 3 enormes figuras. Os dobbermans me encaram, seus olhos brilhando na escuridão, saliva escorrendo por suas enormes presas que eles expõem orgulhosamente. Mas eu não me deixo intimidar e rosno de volta. Eles correm até mim me cercando e me atacam de todas as direções.

 Eles correm até mim me cercando e me atacam de todas as direções

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Eles são fortes, mas não são grande coisa. Suas mordidas são poderosas mas a minha é mais, a sorte desses desgraçados é que estão em maior número. Mas os ferimentos não me preocupam, estarão curados em breve, o problema é que meu disfarce já era, tenho que sair daqui antes que me vejam. Mordo o pescoço de um dos cães e o arremesso sobre o segundo, então pulo sobre o terceiro o derrubando de barriga para cima. Quando estou prestes a morde-lo outro se joga sobre mim me derrubando.

Me levanto com um pouco de dificuldade, os ferimentos que fiz neles são bem notórios, enquanto eu só estou com alguns sangramentos superficiais. Se eu atacar as pernas deles poderei sair sem ser seguido. Me preparo pra correr, mas por algum motivo tenho aquele estranho arrepio de novo, algo na presença deles muda, os 3 se aproximam uns dos outros, os olhos brilhando.

De repente eu não consigo ver nada. Então algo se move nas sombras e começa a crescer... E crescer... E crescer... Então aquilo toma forma. Todos os meus instintos entram em curto e eu paraliso. Diante de mim onde haviam 3 cachorros, agora há um gigantesco Cérbero com mais de 4 metros de altura. As 3 cabeças da criatura me encaram furiosas, seus dentes com tamanho suficiente para atravessar meu corpo por inteiro.

Forço meu corpo a se mexer e corro o mais rápido que já corri na vida. Como o maldito Moore pode ter um monstro como esse como seu cão de guarda? O Cérbero me persegue, cada passo dele equivale a 5 dos meus. Por sorte ainda estávamos perto do local por onde entrei. Acelero o passo, minhas veias borbulhando adrenalina. Pulo um arbusto e deslizo pela falha que criei na cerca. Consigo sair, mas não paro de correr. Continuo correndo sem coragem para olhar para trás, só paro quando tenho certeza que ele não está atrás de mim, o dia já está amanhecendo

 Continuo correndo sem coragem para olhar para trás, só paro quando tenho certeza que ele não está atrás de mim, o dia já está amanhecendo

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Nota do autor 1: ignorem a pessoa na imagem (não achei nenhuma imagem melhor)
Nota do autor 2: desculpem o capítulo curto, ainda mais depois de mais de um mês sem postar nada... Pelo menos o capítulo foi bom não foi? Vou tentar postar mais capítulos essa semana, como estou de férias da facul vou conseguir escrever mais. Não vou fazer promessas, mas vou tentar manter alguma frequência por aqui. Me dêem feadbacks nos comentários do que estão achando da história até aqui! 🥰✨
Nota do autor 3: O que acham se eu fizer mais notas nos próximos capítulos pra falar mais com vocês?


Meu professor Lobisomem e seus dois maridos (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora