| 21. VIAGENS NOTURNAS
Às vezes é preciso fugir da realidade
Mesmo tenha uma pequena brecha para isso
De todas as incontáveis vezes em que escutei e vi coisas que não queria
A única forma de acabar com isso, mesmo que seja por uma mínima porção de tempo
É fugindo
ABRI A PORTA de casa com as mãos trêmulas, maquiagem borrada e garganta doendo.
O "rolê" havia sido horrível, pelo menos pra mim.
Fui embora mais cedo, e subi os andares chorando no elevador.
Entrei em casa e me recusei a ligar a luz; já que o apartamento estava relativamente claro graças às portas de vidro enormes que ficavam no canto da sala, que dava pra sacada.
Joguei minha bolsa no chão e me dirigi até a cozinha, abri o armário de baixo, perto da lixeira e de lá, tirei um isqueiro, um maço de cigarro e uma garrafa grande de vodka.
Abri a garrafa com um pouco de dificuldade e dei um gole, peguei um cigarro e coloquei na boca, liguei o isqueiro e coloquei na frente da ponta do cigarro, dei uma tragada e olhei para o teto, me encostando na bancada atrás de mim.
Mais lágrimas caíram por minhas bochechas e eu ri sozinha.- Vai acabar como sua mãe, Heloísa - Falei comigo mesma e dei outra tragada, soprando a fumaça pelo nariz.
Respirei fundo e peguei o maço de cigarro, a garrafa, o isqueiro e coloquei os dois no bolso da calça esquerdo da calça e levei a garrafa na mão esquerda, com a mão direita, me abaixei e peguei o celular dentro da bolsa, coloquei no outro bolso e peguei as chaves do meu carro.
Do carro do meu pai.
Não usava aquela coisa há anos, mas eu precisava espairecer.
Fechei a porta de casa e não me importei em pegar as chaves de casa.
Desci pelo elevador e saí rapidamente do prédio; me dirigi ao enorme estacionamento e vi a Ferrari preta e apertei o botão no chaveiro, a porta foi destrancada e eu o abri, entrei e travei a porta do carro novamente, batendo ela.
Coloquei a vodka no lugar para colocar copos e joguei meu celular e as chaves no banco ao meu lado.
Peguei outro cigarro, jogando o outro fora pela janela, acendi outro e dei uma tragada.
Liguei o carro e sai do estacionamento, andando sem rumo pela cidade, que era particulamente bonita.
Continuei andando sem rumo, dando tragadas e bebendo.
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𝐇𝐈𝐆𝐇, 𝘎. 𝘎𝘰𝘶𝘭𝘢𝘳𝘵𝘦
Fanfic𝐇𝐈𝐆𝐇, 𝘎. 𝘎𝘰𝘶𝘭𝘢𝘳𝘵𝘦 ★彡, Onde Heloísa vai na festa de uma amiga na esperança de esquecer seus problemas, mas acaba bebendo demais e arranjando ainda mais desses problemas. Su...