Capítulo Trinta e Quatro

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Park Jihyo Pov

Depois de pedir um carne grelhada,com salada e alguns acompanhamentos. Fiquei aguardando o pedido da Sana que foi um Arroz Piamontésio com carne ao molho madeira e também uma salada,deixei que ela escolhesse uma bebida para nós que foi um vinho tinto. Ela falou o nome e alegou para mim que é muito,só esqueci porque o nome é francês e comprido, então sou difícil de gravar.

O garçom anotou nossos pedidos,pegou os cardápios de volta e se afastou da mesa,deixando somente Sana e eu novamente "sozinhas".

- E...como foi a faculdade? Conseguiu concluí-la? Aproveitou bem da Inglaterra? - Perguntou curiosa e apenas respirei frustrada,que não passou despercebido por ela.

- O que foi? - Franziu o cenho.

- Não terminei a faculdade. A tranquei por motivos que não vou dizer que foram desagradáveis, porque esse motivo hoje em dia me estressa,mas eu a amo muito. - Respondi dando um sorriso,não muito animado.

- Dahyun? - Perguntou,ela sabia que era isso,mas só queria ter certeza. Então eu fiz um "sim" com a Cabeça. - Foi em que ano da faculdade? - Se manteve curiosa.

- No segundo ano,quase indo pro terceiro. - Menti,pois não queria falar disso.

- Sabia que pode voltar a fazer a faculdade? Hoje em dia pessoas mais velhas que nós fazem a faculdade e estão recebendo diplomas por aí, você poderia fazer o mesmo. - Mexe as sobrancelhas.

- Valeu pelo incentivo. - Forço um sorriso. - E me conte,como foi que conheceu Tzuyu e tudo o que houve entre vocês. - Fico curiosa na história delas.

- Vou dar um resumo já que é algo bem longo a se contar. - Olha pra cima mordendo o lábio inferior e depois volta a me olhar.

- Tzuyu tinha vindo pra cá com sua mãe, bom, nos conhecemos no hospital quando enfim, um dia cai de skate e torci o tornozelo. Ela estava esperando a sua tia,que estava fazendo uma cirurgia e tals,começamos a conversar. - Percebia o quanto seus olhos brilhavam.

- Começamos a sair,ela estava disse pra mim que estava fugindo de uma "amiga" que queria ficar com ela,mas ela afirmava que era hétero e blá-blá-blá. - Deu uma risada.

- Mesmo sendo amigas,a mãe dela não se deu bem comigo e eu não me dei bem com ela,a mãe dela e eu vivíamos trocando farpas, mas eu sentia que a Senhora Chou me amava. Até que começamos a ficar e tals, Tzuyu enfim tinha se assumido,a mãe dela não se surpreendeu,falava que ja sabia e que Tzuyu era uma lésbica incubada. - Riu,acabei por rir também.

- Começamos a namorar e tals,ela engravidou,o que dizia ser cedo pra ela, disse que estaria com ela e estou até hoje. Ela teve um menino,que é o Yuta,meu filho mais velho,eu fiquei cuidando dele até ela completar a faculdade na época. Ah,nisso tudo já estava na Coreia. Eu tranquei minha faculdade pra dar apoio e cuidar do meu filho, assim que ele estava em uma boa idade, o deixava com a Senhora Chou e voltei a fazer minha faculdade. - Bebe um gole d'água.

- Foi...tenso. - Dou uma curta risada.

- Só houve porque não teve proteção de nossa parte,um erro,Admito, mas,confesso pra você que foi o melhor erro da minha vida. - Ela tinha um sorrio bobo nos lábios.

Logo trouxeram nossos pedidos,botaram as específicas comidas pra cada uma e em saquinhos transparentes,entregaram nossos talheres. Até as taças trouxeram junto e despejaram o vinho para nós.

-....Depois de tudo que aconteceu entre nós, espero que possamos ser amigas, Sana, realmente vou amar ter sua amizade. - Digo por fim.

- Estou querendo falar isso desde que a encontrei,mas sabia que não era o momento certo e primeiro precisávamos de uma conversa,precisávamos nos acertar pra mim depois falar isso.

- O que passou, Jihyo, deixa,já passou, deu o que tinha que dar entre a gente,foi bom enquanto durou,de verdade. - Deu um suspiro.

- Mas podemos recomeçar, sermos boas amigas e será bom assim. - Sorrir pra mim.

- Vai ser ótimo. - Retribuo o sorriso para a morena.

(...)

- Oh Meu Deus! - Cai na gargalhada mais uma vez.

Sana e eu estávamos a compartilhar momentos engraçados e desastrosos que ocorreram com a gente ao longo desses anos e agora estamos rindo que nem doidas com vários contos um mais doido que o outro.

- Quando Tzuyu descobriu que estava grávida pela terceira vez,ela quis me matar,juro pra você. - Continuava dando risadas entre a história.

- Eu fiquei com medo dela cortar o meu júnior enquanto dormia, que eu tive que sair de casa por uma noite, fui dormir na casa da minha sogra e pedir socorro. Aquela mulher me mima demais. - Ela diz e eu acabei rindo.

- Que haja paciência em Tzuyu. - Ri e bebi mais um gole do meu vinho.

- Aquela mulher é brava. - Riu.

- Ela me encontrou na casa da mãe, pegou uma faca e veio em minha direção querendo cortar meu pau. - Riu mais ainda. - Mas ela apenas estava bipolar, gravidez realmente mexe com as mulheres. - Termina o resto de vinho que tinha em sua taça.

- Sim! O meu segundo foi o que mais me deu trabalho,na hora do parto e hoje em dia ainda dá. Você não sabe a dor que senti na hora,nossa,eu xinguei o Daniel de tudo quando é nome,eu mandei ele fazer a vasectomia. - Vi a mais nova botando mais vinho pra mim e pra ela.

- Tzuyu queria que eu fizesse também, mas eu nunca fiz e ela sabe disso. Falei pra ela que quero meu pau do jeito que tá, nada de vasectomia, mas ela botou Diu. - Revirou os olhos e eu ri.

- Você já está com três, Sana,queria o quarto? - Pergunto brincalhona.

- Pra falar a verdade sim,até hoje eu quero,mas Tzuyu disse que não e mandou eu adotar um hamster. - Deu de ombros e eu não pude conter a risada.

- Okay,se Tzuyu quiser cortar seu pau,eu super apoio. - Falo e a maior me olha indignada. - Qual é! Se põe no lugar da gente, vocês que tem pau,não sabem o quão sofrido é ter filho. - Faço uma fingida expressão de cansada.

- Tudo bem, você ganhou, você ganhou. - Faz sinal de rendição.

Nos soltamos bastante, talvez seja o álcool do vinho fazendo efeito em nossas mentes,estamos altas demais;não digo bêbadas, que isso ainda não estamos,mas seríamos melhor parar por aqui. Peguei meu celular e vi que eram no exato 22:15 da noite.

- Melhor eu ir,estar tarde. - Digo recebendo aqueles olhos verdes em minha direção.

- Claro. Você está de carro? - Pergunta e eu nego.

- Vou chamar um Uber pra mim. - Aviso mas a Minatozaki nega.

- Deixa eu apenas pagar a conta que te levo,só me espere. - Pede e então eu assinto.

Pego meu celular, me levanto da mesa acompanhando Sana se levantar também e caminhar até o caixa para pagar a conta.

Continuação...

Years Later | Danhyo e Sahyo G!POnde histórias criam vida. Descubra agora