Aprendendo a lidar.

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A morena esperava a resposta de Leigh-anne ainda assim repleta pela tensão daquela sala, era inevitável pensar no pior.

Pensou que provavelmente as duas a pediriam para ficar no quarto de hóspedes enquanto desfrutavam daquele momento ou que até mesmo pediram para que Jade retornasse para casa.

Mas nada disso soou da boca da mulher, tudo aquilo eram possibilidades e nenhuma delas estava correta.

— Você nunca incomoda, querida — A morena sorriu de canto e Perrie se afastou um pouco de Anne — Vem cá!

— Há espaço para você, minha menina — Edwards disse enquanto batia com a mão no lugar vago no meio delas.

O "minha menina" ficou rapidamente preso na cabeça da morena, seu rosto corado e em pequenos surtos, no entanto não poderia surtar agora.

Não demorou muito para que Jade corresse e se instalasse nos braços das mulheres, naquele mesmo instante Jade encontrou sua morada ali.

Ou como muitos poderiam dizer: o seu abrigo.

Jade nunca acreditou que um abraço ou uma pessoa em específico poderiam ser chamados ou até mesmo comparado ao lar.

No entanto, tudo mudou quando ela conheceu suas professoras, suas duas professoras favoritas, e acabou por encontrar o seu lugar nas duas.

[...]

 Jade estava tendo um dia péssimo e exaustivo, mal via a hora de deitar-se em sua cama e poder adormecer, no entanto ainda assim faltava muito para isso acontecer.

Havia sido o seu último dia de estágio das escolinhas, se despedir das crianças das quais você está ali acompanhando a quase um ano é algo extremamente difícil.

Não é atoa que a morena acabou por se despejar em lágrimas, Lauren conseguiu acalmá-la um pouco, mas ainda assim era doloroso.

Ainda mais que escutar os " tia, você vem amanhã?" ou até mesmo " eu vou sentir saudades", tudo isso doía demais.

Além disso, sua mãe estaria indo para uma viagem de negócios, o que significava que nem ao menos ela poderia ter o colo de sua mãe para acalmar o seu pranto.

Seus planos eram totalmente ficar em casa e aproveitar dos sentimentos que sentia naquele momento.

Ao chegar em casa encharcada pela chuva forte que caia lá fora, ela logo banhou-se e se instalou na sua enorme cama.

Buscando qualquer coisa que pudesse esfriar sua cabeça daquele momento, a menina por um instante achou que nada poderia ser capaz disso.

Se os sentimentos são algo vivos naquele instante, por que não transformá-los em poesia?

Um riso doce saiu de seus lábios, se ela estava chorando somente naquele dia sendo que ainda estava em seu primeiro ano de magistério, imagine quando estivesse em seu último ano?

A poesia fora escrita de maneira rápida, as palavras mais simples poderiam expressar o maior de seus sentimentos.

Jade amava tanto a poesia, o som da caneta sob o papel, a maneira como a tinta manchou o mesmo.

"É bizarro quando tudo se acalma,  

Quando a calmaria sai de uma sala

E acalma a minha alma...

Couple and meOnde histórias criam vida. Descubra agora