Indiretas

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 Segundo ano do magistério... 

Eu estava no segundo ano e ainda não havia me acostumado com a bagunça que minha vida tinha virado, lidar com crianças e tê-las adorando, amando livremente quem eu amasse e trazendo orgulho a minha mãe.

Coisa que a muito tempo não fazia, não era minha culpa ( ou ao menos eu sentia que não era), mas às vezes as coisas conseguem ser muitas e acabam afetando tudo. Acredite se quiser, demorei muito para entender que eu precisava tirar tempo para mim e me priorizar.

E se não fosse a Edwards talvez eu nunca o tivesse feito, a questão é que com as responsabilidades, das quais eu nunca quis, eu aprendi muito mais do que teria se não tivesse me candidatado a este curso.

Falando no curso... Não mudou muita coisa ainda segue trabalhoso e com muitos estágios, os mesmos estágios que sempre fazem questão de me animar. Desta vez não me apavoro ou me confundo, na verdade me permito por vezes errar ou até mesmo esquecer, embora cada pedaço dos meus estudos seja planejado e muito bem estruturado.

Constrói uma rotina da qual me permite arrumar tempo para mim e meus afazeres, ainda assim tendo tempo para Kyra e mamãe e até mesmo para trabalhar.

Arranjei outro trabalho, aquele trabalho não estava se alinhando aos meus estudos sem contar que era dinheiro sendo tirado toda vez em que eu ia dar estágio e não podia trabalhar.

Desta vez estou trabalhando em uma loja de artigos de instrumentos, onde a dona senhora Morelles é uma excelente pessoa e compreende minhas limitações e sem contar que me deixa fuçar qualquer instrumento contanto que eu não estrague é claro.

Foi nesta mesma loja que eu conheci uma mulher que foi capaz de fazer meu coração palpitar não da mesma forma que Leigh-Anne e Perrie fazem, mas ainda assim o suficiente para me distrair delas. Me questiono neste instante por que sempre mulheres mais velhas?

Por um instante pensei em uma amiga minha que diria que panela velha é quem faz comida boa, seguro um riso ao me recordar disso. O velho ditado familiar pareceu fazer sentido neste instante.

Voltando a mulher, da qual se chama Lucy Hale, uma empresária de sucesso que faz questão de demonstrar suvamor por minha pessoa. A mesma quer me convencer a deixar ela colocar uma aliança em meu dedo, mas já conversamos que não quero algo sério.

Edwards e Pinnock pareciam não gostar nada da mulher, aliás nossa primeira briga foi quando eu decidi aceitar sair com a senhora, segundo Edwards a mulher não era digna de sair com minha pessoa e se contar que ela disse que a mulher era muito mais velha do que eu.

Mas foi fácil de falar Perrie, aliás o motivo de ela ter ficado ainda mais brava foi quando eu disse que a idade não foi um problema quando ela me beijou. Isso foi capaz de deixar Edwards incrédula e sem  palavras.

Minha professora parecia indignada por minhas palavras, eu não me sentia errada ou nem muito menos culpada, sentia que minhas palavras cabiam muito bem a aquela situação. Talvez pudesse sim ter sido meu orgulho não me deixando me desculpar, mas eu não pediria desculpas.

Mas não sabia se Edwards era capaz de se desculpar, o que acabava por resultar nessa guerra silenciosa, onde dois erros não faziam um a certo.

[...]

Cheguei em casa na tarde de uma terça-feira, o silêncio era grande já que nem mesmo mamãe ou Kyra estavam em casa fazendo com que apenas restasse eu em casa.

Rio sarcástica há alguns meses atrás ela nem sequer sonharia estar sozinha em casa, já que provavelmente estaria na casa do casal ou até mesmo fazendo planos naquela tarde, mas agora somente lhe restava a solidão em uma terça.

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