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Sofia Ramos

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Sofia Ramos

-Isso é P7, sofi. P7 - Matt falou pelo rádio da equipe, uma garagem barulhenta podia ser ouvida ao fundo.

-Sim, desculpe pessoal. - Eu murmurei, fechando os olhos por um segundo enquanto descia a reta.

- A ordem é: Norris, Leclerc, Ricciardo, Hamilton, Verstappen, Sainz e você mesmo.

-Parabéns ao Charles, estou feliz que pelo menos um de nós esteja lá em cima hoje. - Eu disse, o fantasma mais fraco de um sorriso rastejando no meu rosto, uma mistura estranha combinada com a sensação de afundamento no meu peito.

Provavelmente foi estúpido da minha parte pensar que poderia chegar ao pódio depois de ter começado o P7 com tantos pilotos maravilhosos na minha frente, mas eu ainda estava esperançoso. Na temporada passada, eu comecei o P9 e terminei o P5, uma estreia maravilhosa que me colocou em cima de Charles, então eu sabia que era possível, isso o tornou muito mais esmagador.

Eu dirigi até o pit lane e dei um grande suspiro e removi o volante para que eu pudesse sair do carro. Assim que meus pés tocaram o chão, olhei para cima e vi que Lando tinha acabado de abraçar sua equipe. Os motoristas à minha frente já haviam saído de seus carros e estavam caminhando em direção a ele para parabenizá-lo, a cena cheia de tapinhas nas costas e no capacete que ele ainda usava.

Abrace-o assim que a corrida terminar e certifique-se de que as câmeras a vejam. — Gianna me mandou uma mensagem esta manhã, também me dizendo para dirigir até o circuito com ela e não levar meu carro comigo, já que eu teria que voltar para o hotel com Lando.

Peguei o volante do topo do carro e o coloquei de volta onde pertencia. Minha mente estava nublada só de pensar em abraçá-lo na câmera, tinha que parecer real.  -Não se preocupe, nada muito intenso, apenas certifique-se de que pareça atencioso. -Gianna tinha dito antes da corrida.

Explicar meu relacionamento com o contato físico não é o trabalho mais fácil. Os abraços que eu costumava dar à equipe depois de uma corrida eram abraços de parabéns, onde eu sentia um desejo genuíno de parabenizá-los - aqueles eram um passo acima dos abraços educados, aqueles que você dá com o único propósito de não ser rude ou porque eles "se encaixam" na situação. Eu posso lidar com os dois.

Os abraços que dei a Gianna, Santiago, Charles e minha família foram um tipo diferente de abraços, do tipo que não posso ter com mais ninguém sem sentir que estou me preparando para a miséria. Esses abraços tinham a intenção de comunicar algo: afeto, conforto ou ser segurado por alguém porque você se sente seguro o suficiente para fazê-lo e se sente protegido quando eles te abraçam.

Eu não poderia dar um abraço rápido no Lando, mas estava relutante em dar a ele o tipo de abraço que levei tanto tempo para ficar bem em dar a muito poucas pessoas fora da minha família. Eu nunca tinha dado um abraço nele antes, nem mesmo um rápido.

Faking it | Lando Norris - PTBROnde histórias criam vida. Descubra agora