8

1.6K 117 20
                                    

* ESTE É UM CAPÍTULO MAIS LONGO, CERTIFIQUE-SE DE PERSISTIR ATÉ O FIM! *

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

* ESTE É UM CAPÍTULO MAIS LONGO, CERTIFIQUE-SE DE PERSISTIR ATÉ O FIM! *

Sofia Ramos

Segunda-feira. 10h. Voo Bahrein - Itália.

- Te quiero, mija! Nos vemos pronto, amor.- (Eu te amo, mija. te vejo em breve, meu amor) - Minha mãe falou pelo computador. Eu tinha acabado de colocá-la a par de todo o negócio de relações públicas.

-¡Bendito Dios! Tu papá ya se me había puesto pálido del susto. - (Deus abençoe! Seu pai ficou pálido ao saber da notícia.) — Ela havia dito momentos antes.

Seu rosto estava sem maquiagem, apesar de já ser meio-dia em casa e seu cabelo estava solto, seus lindos cachos castanhos emoldurando seu rosto descansado. Atrás dela estava a cozinha, os armários de madeira verde-floresta ao fundo, fazendo-a parecer ainda mais viva na tela, sua pele morena brilhava. Parei um momento para observar a visão dela. Cada vez que estava em casa, não conseguia deixar de sorrir e olhar para ela tanto que a deixava ansiosa. Não pude evitar, adorei vê-la e a maneira como ela se movimentava pela casa que comprei para minha família.

Era uma grande casa de estilo fazenda que ela uma vez apontou e me disse que sonhava em ter quando eu tinha cerca de 3 anos de idade. O cabelo dela estava solto e ela usava um lindo vestido amarelo enquanto nos levava ao supermercado, mas ela exibia um sorriso ainda mais bonito no rosto, quando me contou.

Eu era tão ridiculamente jovem que nem deveria me lembrar daquele momento. Na verdade, eu não tenho nenhuma lembrança até os 5 anos de idade, como todas as crianças têm, mas algo sobre o brilho nos olhos dela no retrovisor quando ela disse que gravado em minha mente.

Ela também não achava que eu me lembrasse, então tenho certeza de que ela nunca percebeu como, alguns anos depois, ela passou pela casa com as mãos segurando o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos, forçando-se a não olhar dessa maneira.

Minha família era de classe média alta quando nasci, mas quando comecei a praticar kart seriamente, percebi que estávamos lutando nos enquadrar na categoria de classe média. mamá tinha começado a trabalhar, papá trabalhava em turnos duplos e estávamos cada vez nos mudando para casas menores. Eles fizeram o possível para esconder o quão exaustos voltariam para casa, fazendo o possível para manter um sorriso no rosto todas as noites quando todos nos sentávamos juntos para jantar e fingiam ignorar como a mesa ficava cada vez mais estreita e os quartos menores a cada poucos meses.

Ainda assim, eu sabia que isso os mantinha acordados á noites. Eles acordavam com olheiras, sorrindo em meio ao cansaço enquanto papai pegava seu almoço no pequeno balcão da cozinha e mamãe o beijava. eu disse várias vezes ao meu pai que iria desistir, que iria parar de andar de kart. eu até fingi que parei de gostar, mas ele percebeu, sempre viu.

" mija, quando a vida lhe mostra algo que faz o seu coração se sentir grande e sua alma ficar vermelha, você faz o seu melhor para persegui-lo. muita gente passa a vida inteira sem encontrar, e você já encontrou. sua mãe e eu somos os guardiões dos seus sonhos e dos seus irmãos, não há nada que não faríamos para protegê-los. Enquanto houver um sorriso em seu rosto sob esse capacete, faremos de tudo para que você continue usando esse capacete"

Faking it | Lando Norris - PTBROnde histórias criam vida. Descubra agora