A única coisa que quero de você é ver seu nome embaixo do meu quando a corrida terminar.
"Tenho certeza que você me quer embaixo de você mais do que isso."
Quando o terreno começa a desmoronar para a jovem talento promissor da F1, Sofia Ramos, e par...
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Sábado, antes da qualificação
Lando Norris.
A raiva de Sofia poderia ter transformado o mar alaranjado ao seu redor em um vermelho escaldante se ela quisesse.
- Nem uma briga?! - ela gritou enquanto invadia meu quarto particular.
Eu pulei de pé num piscar de olhos; meu queixo imediatamente caiu. Tive que piscar duas vezes para registrar a visão dela antes mesmo de poder ajeitar meu traje de corrida desamarrado. De um momento para o outro, o mundo se tornou uma contradição completa. O quarto rapidamente explodiu em chamas, mas tudo que eu conseguia ouvir era a voz de Sofia me alcançando debaixo d'água.
Ela parecia mais linda do que nunca, tão viva e real, mas o vermelho em suas bochechas não era um rubor repentino que eu tinha lutado para conseguir como meses atrás - era fúria. Eu corri dentro da minha mente tentando compreender, eu nem a peguei repetindo a primeira frase que ela disse.
- Eu vi você fumando da janela do meu quarto na terça-feira. Você me ouviu?! EU TE VI - ela cuspiu as palavras. - Você me ouviu batendo, você sabia que eu estava tendo um momento de merda e você não respondeu, você não veio , porra! - As palavras saíram da boca dela em uma sequência de frases rápidas que eu estava tendo dificuldade em segurar. Eu senti Sofia, e a situação, caindo pelas minhas mãos como água com o desespero de um homem que passou anos com uma sede imorredoura.
- Você me deixou pensar que eu não significava nada; você me deixou ser um peão no jogo que todo mundo no mundo estava jogando comigo ENQUANTO VOCÊ ESTAVA JOGANDO COMIGO TAMBÉM!
Meu rosto se contorceu em uma careta de dor. Isso não podia estar acontecendo. Minha boca estava aberta enquanto eu tentava me concentrar e fazer algo, qualquer coisa, sair disso, mas minha mente tinha me traído total e repugnantemente. O pânico estava explodindo como explosões ansiosas de fogos de artifício dentro do meu peito. Eu não tinha ideia do quanto isso iria me destruir vê-la novamente, agora totalmente ciente do quanto eu a amava e do quanto eu a tinha machucado também.
Eu tenho tentado fazer o certo com você, Sofia. Eu tenho tentado fazer isso direito. Eu tenho tentado.
Eu não tinha percebido, em meio a toda a dor e sofrimento do mês passado, o quão surpreendido eu seria pela vontade de beijar as mãos que agora batiam nas paredes com descrença e desgosto; o quão surpreendido eu seria ao ouvir Sofia amaldicoando o dano que eu causei ao tentar fazer a coisa certa.
- Eu posso não ter significado nada para você, mas você sabia que eu me importava com você, você fez questão disso, e me deixou pensar que me traiu, só para se virar e me trair com seu maldito silêncio. Deus! Eu- - Sofia fechou os olhos com mais força e levou os punhos cerrados à testa antes de deixá-los cair bruscamente para os lados.
