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↷✦; w e l c o m e ❞

𝗠𝗔𝗜𝗧𝗘̂ 𝗕𝗘𝗥𝗧𝗢𝗟𝗗𝗜 𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗧𝗜𝗩𝗔.
𝖲𝗈𝗇𝗁𝖾 𝖢𝗈𝗆𝗂𝗀𝗈
𝖢𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈  𝟤 - 𝖤𝗎 𝗉𝗋𝗈𝗆𝖾𝗍𝗈 𝗏𝗈𝗅𝗍𝖺𝗋.

Todos levantamos e oramos de mãos dadas e eu só pensando na comida, minha família inventa de ninguém comer NADA até a ceia, literalmente nada.

Coloquei meu prato e me sentei para comer, ninguém falava nada na mesa, só ouvia o barulho de copos e talheres. Após a ceia, comemos o tradicional pavê e obviamente meu tio tinha que fazer a famosa piadinha.

- pavê ou pa' comer? - disse ele rindo, o único que estava rindo na mesa enquanto recebia olhares de indignação -

-É paçoca... - falei de cabeça baixa segurando a risada junto do meu irmão -

-Paçoca? - definitivamente ele não conhecia a piada, rir é bom, rir em momentos sérios é melhor -

-Que infantilidade Maitê - Minha mãe falou enquanto servia a sobremesa -

Eu e meu irmão estávamos vermelhos de tanto rir, nossas risadas altas logo contagiou todos na mesa.

Era três da manhã e eu simplesmente resolvi caminhar na praia, eu penso, será que eu tenho problema na cabeça? Era maravilhosa a sensação de só ouvir as ondas quebrando, estava sentada na areia e sinto alguém se sentar ao meu lado, sinto um braço passar pelo meu pescoço, estava morrendo de medo até ver que era o carinha de hoje mais cedo.

-Tu quer me matar garoto? - falo e ele apenas rir -

-Ta fazendo o que aqui essas horas? - Victor pergunta -

-Só queria pensar um pouco na minha vida e a praia é o melhor lugar para isso. - Disse olhando para o mar -

-Como que é morar no Rio?

-É bom, minha casa não é longe do trabalho, tem ótimas praias, único problema é que tem muitos roubos, já fui roubada mas os ladrões levaram só uma sacola - graças a Deus - é no Sul?

- Muito frio, trânsito é bem chato, neve, chimarrão é a bebida favorita de todo mundo, e só consigo ir pra praia se for aqui ou em Santos, porque não tem como ir na praia de lá. - Ele diz e eu ri -

Estávamos conversando de boa até que ele começou a se aproximar de mim, tocar no meu corpo e eu fiquei desconfortável e tava nítido até que ele tentou me beijar a força, isso foi a gota d'água.

-Para com isso Victor - disse - Victor, para!!!

-Calma meu amorzinho - Ele tentava passar a mão pelas minhas áreas íntimas, agarrou meus pulsos com força os apertandos, escorria lágrimas pelo meu rosto, certeza que ele havia bebido mas ele não estava com hálito de bebida. Felizmente eu consigo me soltar e saio correndo até minha casa, Victor era assim mesmo, sempre tem uma isca.

O que me restava era tirar minha maquiagem e dormir, o cansaço tomava conta de mim e como sou muito medrosa, tranco a porta do meu quarto e a da varanda. Apenas deito na cama e segundos depois, apago.

Dez e meia da manhã e um silêncio tomava a casa, ninguém na cozinha, nos quartos ou na área da piscina, muitos carros não estavam na garagem então sigo minha rotina como sempre, depois de ontem, comecei a pesquisar voos para o Rio imediatamente, resolvi esperar meus pais para conversar, eu estava mal, só queria sair daqui. Tomo meu café e passo o resto da manhã no quarto, minutos se passavam e eu escutava vozes e penso que meus parentes estavam chegando. Chego em meus pais e vou ao quarto com eles.

Sonhe Comigo - Joaco PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora