Sonhe Comigo - Joaco Piquerez

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𝗔𝗨𝗧𝗢𝗥𝗔 𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗧𝗜𝗩𝗔

𝖢𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 𝟣𝟨 - 𝖣𝖾 𝗏𝗈𝗅𝗍𝖺 𝖺̀ 𝗋𝗈𝗍𝗂𝗇𝖺.

𝖱𝗂𝗈 𝖽𝖾 𝖩𝖺𝗇𝖾𝗂𝗋𝗈
𝟫.𝟥𝟢𝖺𝗆

Em uma suíte de hotel, quem imaginaria que duas pessoas conseguiriam incomodar quatro vizinhos ao mesmo tempo? Pois é, Maitê e Joaquín foram capaz de conseguir isso. Em plena nove horas da manhã, uma dessas vizinhas foi até o quarto em que Joaquín estava hospedado e bateu na porta, descontando sua raiva e a falta de sono. A porta branca foi batida diversas vezes fazendo Joaquín acordar e se levantar sonolento, ele pegou um roupão e vestindo, cobrando seu quadril e metade de seu abdômen e mal se importando se seu peitoral estava a vista.

Ao abrir a porta, a expressão da vizinha raivosa agora era de sorrisos e inocência. Ela reparou bem no cabelo bagunçado do homem mais alto que ela, em sua boca avermelhada e principalmente em seu peitoral.

- Algum problema? - Perguntava, com seu forte sotaque uruguaio enquanto pedia mentalmente para ela responder um "nenhum" -

- Ah... - hesitou, pensando se deveria ignorar sua falta de sono pelo homem ou se deveria expressar sua raiva - Eu ouvi alguns barulhos pela madrugada e me pareceram vir do seu quarto...

- Acho...que deve ter confundido, moça. - esfregava os olhos -

- É mesmo - Deu uma risadinha inocente - Você é jogador né? De qual time?

- Do Palmeiras, moça...

Piquerez revirou os olhos disfarçadamente, irritado pelo interesse da mulher. Enquanto isso no interior do quarto, Maitê acordava após uma noite agitada, ela estava coberta somente pelo edredom esbranquiçado. Confusa ao ouvir vozes femininas, ela se levantou vestindo outro roupão que havia no quarto e o amarrou no corpo, caminhando até a porta. Ao ver outra mulher ali, ela fechou a cara rapidamente e encarou os olhos castanhos do homem.

- Tá acontecendo alguma coisa aqui? - cruzou os braços e assistiu a ruiva à sua frente revirar os olhos -

- Não... - a ruiva a encarou de baixo para cima com um olhar invejoso -

- Que bom, tenha um bom dia - o puxou para dentro do quarto e bateu a porta -

A vizinha claramente sussurrou um xingamento após o ato e voltou ao seu quarto. Maitê puxou Joaquín até ele cair sentado na cama, ela ficou na frente dele com os braços cruzados e sua expressão fechada.

- Quem era?

- Eu não sei, essa mulher bateu aí de repente - respondeu, a olhando inocentemente -

- Joaco Piquerez! - chamou por seu nome, colocando uma certa pressão em cima dele -

- Eu não fiz nada...

Um silêncio se instalou no local, Maitê o encarava chateada e Joaco com a maior cara de inocente e os olhinhos de cachorro.

- Si estás irritado... ¿Eso significa que estás celoso?