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⁛ ☃️ : LETÍCIA POV'S •° ᥫ᭡
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ACORDEI MAIS TARDE do que o comum, pra falar a verdade eu nem queria ter acordado, 'tava num sono tão bom que eu pensei até que era mentira.
─ Aí, por que a cama fica tão boa quando acordamos? ─ Ouço uma das meninas resmungar após uma delas abrir as cortinas, deduzi que quem abriu a cortina fosse a Mili, já que ela era a primeira a acordar, quase, sempre.
─ Não sei... ─ Digo baixinho, virando pra parede, nem tenho certeza se alguém escutou.
Todos ficamos em um silêncio confortável, todas com sono e cansadas pelo dia de ontem cansativo igual aos da semana.
Estávamos todas confortáveis, até ouvir um estrondo da porta e logo em seguida um apito.
─ Ah não, começou...
─ Acordando, cambada de 'molecas... ─ Ernestina falou em... tom normal, é, sem gritar.
─ Eu tô sonhando, ou a Ernê não tá berrando? ─ Ana pergunta.
─ Isso não é um sonho, piveta. ─ Ela fala. ─ Então vos aqui que me ouvem, podereis levantar... AGORA.
─ Vixi... endoidou de vez agora...─ Eu sussurrou.
Estava estranho, o sol tava tão fraquinho, a tia tão silenciosa, nem se ouvia o som dos pássaros.
─ Mas Ernestina, são cinco horas ainda...
─ E daí? Anda, todo mundo levantando, nossa sou eu que faço tudo aqui ...
Ela ainda saí reclamando, 'tava tão cedo ainda, não tenho a mínima coragem pra levantar.
Ainda relutante, todas nós nos levantamos e fomos para o banheiro fazer higiene pessoal e tirar o pijama.
Fui a primeira a sair, indo pra cozinha, e normalmente ouviria conversas paralelas e etc, mas estava tudo em silêncio.
Vi os meninos comendo sem dar tanta bola para o que iriam conversar.
─ Bom dia. ─ Disse.
─ Bom dia. ─ Todos que 'tavam presentes me responderam em uníssono, menos o Binho. O que não me passou despercebido, derrepente, me lembrei do que chamei ele noite passada.
Depois disso, não falei mais nada, apenas peguei meu café e me sentei.
─ No que tanto pensa? ─ Chico sentou ao meu lado.
─ Ah, sobre a vida. ─ Disse após tomar um gole da minha xícara. ─ Sabe, ontem eu fiquei pensando sobre tudo que aconteceu desde de que eu cheguei aqui, não só aqui, mas também o que passei antes.
─ Eu lembro direitinho de como a Carol ficou feliz em saber que ia chegar uma nova criança aqui, todos ficaram na expectativa. ─ Ele sorriu. ─ Eu e a Carol estávamos conversando na cozinha e a Mili ouviu, descobriu que você era irmã dela e depois não falou de mais nada.
Eu sorri pra ele.
─ Eu também refleti muito quando soube que tinha uma irmã, minha única família, não tenho mais ninguém... ─ Digo.
Realmente, eu não tinha mais ninguém, e aquilo pra mim foi tão novo, que eu mal consegui pensar, só lembro que fiquei feliz ao saber que ia sair do antigo orfanato.
Dei um olhar triste, e ele percebeu.
─ Não fale isso Lêle, todos aqui somos sua família também, viu? ─ Sorriu pra mim é eu retribui. E como se ele lesse meus pensamentos. ─ Eu ouvi falar em pouco da família Pereira, sei só que seus supostos pais não tinha muita estabilidade na vida, e abandonaram você e a Mili ainda pequenas.
Refleti melhor, não ouvi muito sobre meus pais, apenas o básico na sala da diretora. Também não procurei saber, de uma hora pra outra eu tive mil e uma coisas para organizar.
As meninas começaram a chegar e se servirem com o que cada uma queria, eu havia pego apenas um bolo e uma xícara de chocolate quente.
Depois do café da manhã, cada um foi para um canto, se espalhando pelo orfanato e torcendo para que a Dona Carmen não chegasse tão cedo.
Vivi 'tava fazendo todo o trabalho doméstico que até então era a Ernestina que realizava, sozinha, sem a ajuda de ninguém e a Ernê fiscalizando tudo ao pé de letra.
Eu e o pessoal estávamos no pátio conversando sobre o castigo.
─ A gente não pode deixar a Vivi fazendo tudo sozinha. ─ Mili disse.
─ Verdade, ela assumiu a culpa toda sozinha pra livrar a gente.
─ Mas Mosca, como a gente vai fazer isso? ─ Binho pergunta, ele estava do meu lado, e eu fiquei nervoso por algum motivo.
─ Poxa, mãos tão delicadas, não foram feitas para trás banho tão pesado. ─ Rafa disse depois de suspirar.
Todos ficaram em silêncio pensando. Se fossemos interferir e de algum modo alguém nós visse e contasse pra dona Carmen, ou até mesmo ela visse. Aquela mulher era maluca e se depender o José Ricardo que tanto falavam batia mais bem da cabeça do que a irmã.
─ Eu tive uma ideia!
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