No, don't say that, I don't want to hear it, not anymore, it's too late for that.
Uma semana, esse foi o tempo que passou desde que [Nome] conversou com Sukuna, desde que teve os ideais do mais velhos jogados sobre si, desde de então ela vinha se perguntando o que seria se Sukuna conseguisse derrotar as outras nações, o que seria das pobres crianças e adolescentes, só de pensar na possível chacina que chegaria a acontecer, [Nome] sentia uma vontade absurda de vomitar tudo que havia ingerido no café da manhã.
Durante aqueles dias ali, [Nome] havia escutado pequenos trechos de conversas entre Sukuna e Uraume, conversas que ela não entendia muito bem, mas que pelo tom era algo sério, tanto é que em uma dessas conversas, Sukuna acabou se estressando e toda a mobília do escritório foi destruída pelo rosado, aquilo fez com que [Nome] ficasse mais atenta, a mera ideia de ter algo que pudesse acabar com o governo daquele tirano a enchia de esperanças e se fosse possível a mesma organizaria uma rebelião ali mesmo.
No último dia da semana que passou, [Nome] foi surpreendida, um homem completamente estranho chegou ao palácio, a mesma teve instruções de tratá-lo bem, até porque aquele homem era alguém que tinha todo o apreço e confiança de Ryomen. A Lee ficou curiosa com aquilo, mas para seu desagrado, em momento algum ela foi chamada aos aposentos de Sukuna, enquanto Uraume e o tal Kenjaku estavam lá, aparentemente a conversa entre os três deveria ser mantida em completo sigilo, algo apenas entre eles.
[Nome] quase não conseguia se conter em ansiedade, ela queria desesperadamente saber um ponto fraco de Sukuna, mas aquele trabalho estava mais difícil do que ela pensou que seria, mas mesmo assim se arriscou algumas vezes em tentar bisbilhotar o escritório do rosado, mas sempre era pega por uma das criadas e repreendida, as mulheres sempre diziam que a última pessoa pega bisbilhotando terminou esquartejada no pátio do palácio.
Depois de muitos avisos incansáveis, [Nome] decidiu desistir daquilo e se deu por vencida, ela não arriscaria morrer agora, não sabendo que poderia ajudar a família com as informações que colheria naquele palácio, morrer agora não os ajudaria em nada. Então em três dias o tal Kenjaku foi embora, aparentemente estava ali apenas informando Sukuna sobre o progresso das maldições do mesmo naquela guerra invisível.
Quando ele foi embora, Sukuna voltou a exigir a presença de [Nome] em seu quarto, algumas vezes para levar comida, arrumar o cômodo, escolher suas roupas e até mesmo para escrever algumas cartas, ele aproveitava bem a educação que a mulher teve, usando ela assim como escriba pessoal. [Nome] teve esperança de que em algum daqueles pergaminhos fosse escrito algo relacionado a visita de Kenjaku, mas eram apenas mais e mais ameaças de guerras e ataques, [Nome] sempre segurava o choro enquanto escrevia cada caractere naquele pergaminho branco.
Agora, [Nome] estava mais uma vez no quarto de Sukuna, a mulher havia arrumado todo o cômodo, o lugar estava completamente revirado, ela sabia por algo que o homem havia tido um surto durante a madrugada e quase destruiu todo o lugar. [Nome] estava terminando de arrumar a mesinha de escrita que havia no centro do quarto, quando Sukuna entrou no cômodo, o rosado estava com uma expressão séria, a Lee se surpreendeu ao ver os dois pequenos olhos inferiores dele fechados.
— Levante-se — Sukuna ordenou a olhando de cima, [Nome] assentiu e rapidamente acatou a ordem do mais velho. — Me acompanhe.
[Nome] não perguntou nada, apenas seguiu o homem de cabeça baixa, muitas coisas passavam pela cabeça dela, talvez uma das criadas mais novas tenha a lhe entregado para Sukuna e agora ela estava sendo levada para a punição, ou talvez o homem só quisesse passear pela propriedade como dias atrás. A Lee não disse nada durante o trajeto, mas ficou surpresa quando saíram do palácio e entraram em uma espécie de estufa, aquela parecia com a que sua amada mãe passava horas cultivando, pensar naquilo a fez sentir vontade de chorar.
— Gosta de flores? — Sukuna perguntou ao ver que [Nome] estava parada na estufa com um olhar perdido nas flores que haviam ali.
— Sim... minha mãe as cultivava — murmura tocando receosamente em uma rosa branca.
Sukuna assentiu e se encaminhou até a mesa que havia no centro da estufa, a mesma estava com algumas porcelanas sobre ela, [Nome] se tocou rapidamente que era hora do chá e se apressou em servi-lo, mas foi parada pela mão esquerda de Sukuna envolvendo seu pulso fino.
— Sente-se, eu mesmo faço isso — o rosado murmurou, [Nome] o olhou procurando algum pingo de gentileza no rosto dele, mas apenas teve a expressão séria de sempre.
Mesmo receosa, [Nome] sentou na cadeira que havia em frente a Sukuna e esperou enquanto o mesmo começava a servir o chá, ela olhou para o rosto dele a procura de alguma dica do que estava acontecendo, mas não havia nada, apenas os olhos fechados, aquilo passava uma aparência quase que normal do homem.
— Sua mãe... ela entrou em contato alguns dias atrás — Sukuna disse ao empurrar delicadamente a xícara com chá para a garota.
— Minha mãe? — sussurra, o medo dela ter despertado a ira de Sukuna, congelou [Nome].
— Isso, Kenjaku decidiu visitar a família Lee para agradecer seus tributos a mim — Sukuna sorriu. — Sua mãe ao saber que você permanece viva, implorou para que ele te entregasse um recado.
— Qual? — indaga olhando para as mãos dele a procura de algum bilhete, mas não havia nada ali.
— Ela disse que está feliz por você continuar viva, além de que disse para você fazer o possível para continuar assim, até mesmo ceder a todas as minhas vontade — Sukuna sorriu apoiando os cotovelos sobre a mesa e o queixo sobre as mãos.
[Nome] se encolheu engolindo em seco ao escutar aquilo, a garota abraçou o corpo fortemente ao pensar nas tais vontades que aquele monstro poderia ter, a Lee preferia morrer do que ter que se entregar a alguém como Ryeomen. Sukuna sorriu de lado ao ver o estado da garota, [Nome] desesperada e exalando medo encantava ele.
— Você esteve com alguém antes de ser enviada a mim?
[Nome] arregalou os olhos ao escutar aquela pergunta, nunca, ela nunca havia estado com um homem em toda sua vida, sua integridade continuava intacta e ela queria que continuasse daquela forma, ela até pensou em mentir para Sukuna, mas sabia que o mesmo descobriria se tratar de uma mentira.
— N-não, senhor.
— Hmm — Sukuna murmurou com um sorrisinho de lado no rosto e então levantou, o chá do mesmo estava intacto, enquanto o nervosismo fez com [Nome] bebesse todo o seu de uma vez só. — Não se preocupe, o que me agrada em você não pode ser tomado a forca.
— A-agrada? — ela estava com medo, mas queria saber do que ele estava falando no momento.
— Você descobrirá na hora certa — Sukuna deu uma meia volta na mesa e se inclinou sobre [Nome], ela arfou assustada, mas Sukuna riu baixinho deixando um beijo sobre a testa. — Lembre-se das palavras de sua mãe, ceda as minhas vontade — murmura olhando diretamente nos olhos da garota.
[Nome] levou sua mão direita até o lugar beijado, quando Sukuna se afastou, o rosado soltou uma risadinha alta enquanto se encaminhava para sair da estufa, deixando assim uma [Nome] paralisada para trás.
— A partir de hoje esse lugar é sua responsabilidade — o rosado disse antes de sumir em um piscar de olhos.
[Nome] soltou de uma vez todo o ar que estava segurando, o medo fez com que a garota chorasse sozinha apertando a saia do vestido com força, aquilo tudo estava a assustando, mas ela seria forte, sairia daquele inferno e salvaria as pessoas que amava, tudo isso sem precisar ceder as vontade de Sukuna.
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IT'S TOO LATE || RYOMEN SUKUNA
FanfictionSeguindo as exigências de Ryomen Sukuna, o pai de [Nome] a ofereceu como tributo para que sua província vivesse em paz pelos próximos dez anos. A pobre [Nome] não teve escolha a não ser aceitar tudo calada, ela aceitou o fato de que seu destino esta...