IV

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Park Jihyo 🎸

Tocar guitarra sempre foi algo que me acalmou.

Desde pequena, quando comecei a frequentar o reservatório musical e descobri minha paixão pela música, eu decidi que independente do que eu estivesse fazendo da vida eu tiraria um tempo para apreciar cada nota e acorde.

Quando conheci Tony e decidimos criar uma banda, eu me senti incrível, parecia que qualquer coisa no mundo era leviana.

Até eu conhecer Sana.

Sana, a princípio, deixou uma impressão meio ruim. Quer dizer, eu sabia que ela claramente só tinha ido falar comigo com segundas intenções.

Mas ver ela se engasgar tentando fingir que fumava cigarro despertou uma curiosidade em mim...

Era comum homens e mulheres ficarem atrás de mim depois das performances, e eu estava acostumada a dar um pé na bunda de cada um deles.

E uma fama de que eu era uma sem vergonha que abandonava quem se interessava por mim surgiu por conta de uma mulher frustrada.

Somi queria namorar, queria um relacionamento sério comigo, mas pra isso eu teria que abrir mão da banda e dos pubs.

E veja bem, Somi estava comigo há no mínimo dois meses, a música me acompanhou desde que eu nasci.

Mas depois de um mês conversando com Sana eu comecei a perceber que ela era incrível e jamais me colocaria em tal situação.

No dia que ela foi ao Hanover me ver tocar, eu me senti nervosa para subir no palco pela primeira vez depois de muito tempo.

E todas as vezes que combinamos de sair depois da nossa primeira vez eu não conseguia parar quieta. Me sentia muito ansiosa para ver Sana.

Quando eu caí da moto e me esfolei toda eu tinha alguns planos... Queria levar Sana para assistir alguma coisa no cinema e depois iríamos jantar juntas e aí... Bom, e aí eu confessaria pra ela que estava gostando dela.

Como eu não consegui nem chamar ela para sair por conta do pequeno acidente, ficou tudo na vontade mesmo.

E Yunjin, quando me avisou que Sana tinha ligado e que estava indo para o hospital, quase me fez infartar.

Passar a noite lá com ela foi incrível, eu gostava muito da companhia dela e tem o fato de que ela estava muito preocupada comigo então toda hora ela me perguntava se eu estava com dor ou desconfortável.

Mas como tudo que é bom dura pouco, minha mãe fechada e direta do jeito que foi, provavelmente acabou assustando Sana com o tratamento nada gentil.

Aquela semana passou se arrastando, minha rotina era passar pomadas nos machucados, tomar remédios para dor e o pior: eu não podia tocar guitarra por que meus dedos estavam machucados.

Foi uma tortura, e pra piorar Yunjin usou meu atestado como desculpa na escola dela para ficar em casa "cuidando" de mim.

Sendo que na verdade ela só ficava em casa assistindo série e jogando com as amigas virtuais dela.

Nosso relacionamento era um pouco estranho. Por conta do jeito que nosso pai era (um alcoólatra mal amado e grosso) Yunjin acabou se fechando até demais comigo.

E a forma que ela tinha de demonstrar o amor dela era ficar enchendo meu saco, eu gostava mas as vezes era até demais.

No meu último dia de atestado, meus machucados já estavam quase cicatrizados por completo e eu já não precisava mais tomar remédio pra dor.

E aí Sana decidiu aparecer lá em casa.

Eu estava deitada escutando música olhando pro teto quando ela simplesmente apareceu no meu campo de visão.

Summer Romance (Anti-Gravity Love Story) - SaHyoOnde histórias criam vida. Descubra agora