Summer Romance (Anti-Gravity Love Story) - SaHyo

VIII

Minatozaki Sana 🔬

Eu nunca gostei de despedidas.

Entretanto, toda a tristeza e solidão que eu estava sentindo por ter ido embora da Coreia do Sul logo se transformou em um sentimento vago, afinal, eu finalmente estava reencontrando meus pais após quase dois anos sem os ver.

Eles me visitaram poucas vezes enquanto eu estava no intercâmbio já que era muito ocupados com o trabalho deles -ambos médicos- e eu também não fazia muita questão de recebê-los já que o dormitório era um muquifo e quando eles foram lá acharam insalubre demais e quase me fizeram mudar de moradia.

 E ver eles abraçadinhos com uma placa com meu nome escrito arrancou risadas e um choro genuíno. Eu estava com muita saudade deles.

 Meu pai, conhecido como doutor Minatozaki Akio, era diretor de uma clínica de hemodiálise e minha mãe, a doutora Minatozaki Reina, trabalhava como obstetra em um hospital super renomado.

 Peguei minhas malas na esteira e as coloquei no carrinho com uma pressa absurda, e eles assim que me viram através as portas de vidro começaram a chamar pelo meu nome. E eu ignorei a vergonha, corri como uma criança perdida até eles.

Talvez por ser filha única eu acabei fazendo com que eles criassem uma certa dependência emocional em mim quando eu ainda morava no Japão, e por esse motivo eles decidiram por mim que eu moraria na edícula da casa deles.

Por mim estava ok. Eu precisava juntar dinheiro e pra isso ainda precisava encontrar um emprego.

- Eu quase morri de saudades, meu bem - papai falou me apertando em um abraço tão forte que senti minhas costas estalarem.

- Vai machucar ela Akio! 

- Tudo bem mamãe - respondi e tentei retribuir o abraço na mesma intensidade.

 Sequei minhas lágrimas e fui abraçar minha mãe, que estava com os olhos um tanto vermelhos por ter chorado um pouco junto comigo.

- E cadê a Jihyo-chan? - meu pai perguntou e não resisti, fazendo um bico birrento.

- Só vem no natal.

- Poxa, pensei que ela viria hoje, até comprei umas comidas coreanas pra ela ficar à vontade.

Agradeci minha mãe pelo ato mas logo pedi para irmos para casa. Eu estava muito cansada e ainda precisava ligar para Jihyo avisando que estava bem após a viagem.

O caminho do aeroporto internacional de Osaka até nossa casa em Tennoji levou quase uma hora e eu aproveitei, depois de tirar um breve cochilo, para mandar mensagem no grupo das meninas.

Sanatozaki: to indo pra casa já

Sanatozaki: saudades da hyo...

Momomomo: pelo amor de deus você nasceu colada nela por acaso?

Minari: Acho que sim Momo, as duas são almas gêmeas né

Sanatozaki: exatamente.

Momomomo: hm e saudades da gente você não sente né

Momomomo: tudo bem, quando eu chegar no japão não vou te ver nunca mais

Sanatozaki: para de drama

Sanatozaki: amo vocês.

 Chegamos em casa e minha mãe foi na frente, me deixando para carregar as malas com meu pai e depois de muito insistir ele me permitiu carregar apenas uma. Entramos e senti uma nostalgia absurda tomar conta de mim.